Notícia
Reabilitação da marcha: o inovador Método Chordata
Terapia inédita no mundo se mostra mais eficaz e ajuda pacientes a voltarem a caminhar
Camila Cunha, Revista PUC-RS
A Dra. Veronica Baptista Frison, professora do curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), há 15 anos se dedica a ajudar seus pacientes a realizarem o sonho de voltar a caminhar ou caminhar pela primeira vez. Para isto, desenvolveu o Método Chordata, inédito no mundo, aliando um aparelho e uma série de exercícios, ambos criados por ela.
Quando se formou em Fisioterapia, há 15 anos, Veronica percebeu uma grande dificuldade de atendimento a pessoas com lesão neurológica, falta de resultados e desmotivação dos pacientes. No mestrado em Neurociências, na UFRGS, pesquisou a neuroplasticidade, que é a capacidade de regeneração do sistema nervoso após uma lesão neurológica. Investigou o que poderia gerar a recuperação do neurônio no sistema nervoso e descobriu uma série de características, como grande repetição dos exercícios, diferentes tipos de contrações e de ângulos de movimento. Então, para que essas propriedades ditas como facilitadoras chegassem ao ser humano, Dra. Veronica desenvolveu um equipamento, que hoje já está na sua sexta versão. O método trabalha com duas bases de exercícios, de pendulação e de suspensão, permitindo a suspensão dos segmentos corporais e levantando o paciente por completo. As sessões podem ser feitas com a pessoa deitada, em pé, sentada, imprimindo maior repetição dos movimentos e resistência por mais tempo. “Em cima disso, fui construindo características dos exercícios que tinham um porquê de existirem biomecânica e neurocientificamente. Percebi que os pacientes tinham resultados diferentes quando usavam o equipamento e quando faziam a fisioterapia convencional”, destaca a Dra. Veronica
O aparelho criado pela Dra. Veronica Frison é constituído de aço, molas, tecidos, coletes e cinturões. Contou com estudos de engenharia, desenhos, protótipos, testes e investimento dela, que tem parceria com diferentes empresas na produção dos materiais. É ela quem monta os aparelhos, desenvolve os exercícios e possui patentes do método.
Esperança recuperada
A partir do Método Chordata, uma série de pesquisas vinculadas ao curso de Fisioterapia tiveram início para comprovar a técnica. Foram realizados cerca de oito Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), uma dissertação, orientada pelo Prof. Dr. Irenio Gomes, do Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG), e uma tese envolvendo 120 pacientes com Parkinson. “Tenho muitos alunos envolvidos e a resposta clínica tem se mostrado positiva”, comenta. Em seu doutorado na PUC-RS, em Medicina e Ciências da Saúde, Dra. Veronica realizou um ensaio clínico com 26 cadeirantes, com idades entre 18 e 65 anos, com no máximo três anos de lesão medular e comprovou a eficiência do método no aumento da força de extensão do tronco, na ativação de grupos musculares abaixo da lesão e no teste de alcance funcional. Cada paciente fez 16 sessões e muitos voltaram a andar.
Leia a matéria completa da Revista PUC-RS, n. 178, março-abril de 2016.
Fonte: Vanessa Melo, Revista PUC-RS. Imagem: Camila Cunha, Revista PUC-RS.
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