Notícia

Projeto europeu pretende desenvolver bomba de insulina menor, mais precisa e sem cateter

A bomba deverá conter inicialmente uma única câmara (somente insulina) para, posteriormente, ser desenvolvida uma bomba de duas câmaras: uma de insulina e outra de glucagon

Shutterstock

Fonte

Universidade Politécnica de Valência

Data

terça-feira, 19 julho 2022 15:35

Áreas

Bioeletrônica. Endocrinologia. Engenharia Biomédica. Metabolismo. Saúde Pública. Sistemas de Controle.

Uma equipe de pesquisa do Instituto de Automação e Computação Industrial da Universidade Politécnica de Valência (UPV), na Espanha, está trabalhando no desenvolvimento de uma bomba de insulina comparativamente menor e mais precisa do que aquelas atualmente disponíveis. Além disso, a nova bomba não exigirá um cateter, o que a torna especialmente útil para crianças com diabetes tipo 1.

O trabalho faz parte do projeto europeu PRISMA (Micro-Mechanical Pump for Next Generation Insulin Delivery Systems), coordenado pela Universidade Técnica da Dinamarca.

O novo sistema de bombeamento é baseado em um material desenvolvido anteriormente no projeto FET-OPEN BioWings, que tem a capacidade de bombear quando estimulado eletricamente. “Esse material permite eliminar toda a parte mecânica das bombas de insulina e, assim, reduzir seu tamanho e obter melhor controle de fluxo”, explicou o Dr. Jorge Bondia, professor Instituto de Automação e Computação Industrial da Universidade Politécnica de Valência e pesquisador do projeto PRISMA.

Assim, o principal objetivo do projeto será projetar uma nova bomba de insulina, menor do que as que existem atualmente, com maior capacidade e melhor controle do que as atualmente disponíveis para pacientes com diabetes tipo 1. A bomba deverá conter inicialmente uma única câmara (somente insulina) para, posteriormente, ser desenvolvida uma bomba de duas câmaras: uma de insulina (que faz cair a concentração de açúcar no sangue) e outra de glucagon (que faz aumentar a concentração de açúcar no sangue). Além disso, o projeto validará tecnicamente a precisão de vazão das novas bombas no laboratório.

Importante para crianças e no exercício físico

“O fato de não ter cateter e ser menor torna [a nova bomba] especialmente útil para crianças, pois são os pacientes mais difíceis de controlar e, portanto, os que mais podem se beneficiar dessa tecnologia. A diabetes tipo 1 costuma ser detectada muito cedo”, explicou o professor Jorge Bondia.

Além disso, o pesquisador comentou que o fato de a nova bomba ter mais capacidade para incorporar uma segunda câmera será especialmente interessante para controlar situações como, por exemplo, exercícios físicos. “Vários estudos mostraram que nessas situações é necessário o controle com infusão de glucagon, além da insulina”, explicou o pesquisador.

O projeto, financiado pela União Europeia, terá duração de três anos. O trabalho do grupo de especialistas na Universidade Politécnica de Valência se concentrará no desenvolvimento do software e hardware da nova bomba, bem como na integração dos algoritmos de controle mono-hormonal (somente insulina) e multi-hormonal (insulina+glucagon), que vão computar o fluxo de infusão.

O projeto PRISMA deverá abrir caminho para o lançamento de uma startup que viabiliza acordos de longo prazo com grandes fabricantes de dispositivos médicos para a integração dessa nova tecnologia na nova geração de bombas de insulina simples e combinadas.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Politécnica de Valência (em espanhol).

Fonte: Universidade Politécnica de Valência. Imagem: Shutterstock.

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