Notícia
Primeiros passos do bebê: existe idade certa?
Psicóloga do IFF/Fiocruz esclarece dúvidas
Os primeiros passos dados pelo bebê constituem um marco do seu desenvolvimento, assim como a primeira palavra. Na maioria das vezes, estes momentos são motivo de festa na família, mas podem, também, causar preocupação e insegurança quanto ao período certo do andar. A comparação com outros bebês, por exemplo, pode ser uma das armadilhas neste caso. “O desenvolvimento depende da singularidade de cada criança”, explica a psicóloga do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Dra. Eliane Caldas, que esclarece algumas dúvidas sobre o tema.
1 – Por que algumas crianças começam aos 10 meses e outras ainda não andam com um ano e quatro meses?
O processo de desenvolvimento ocorre de maneira dinâmica e é suscetível a ser moldado a partir de inúmeros estímulos externos. A interação entre aspectos relativos ao indivíduo, como suas características físicas e estruturais, ao ambiente em que está inserido e à tarefa a ser aprendida são determinantes na aquisição e refinamento das diferentes habilidades motoras.
2 – Qual o período correto para um bebê andar?
Existe um padrão esperado para o crescimento. Em geral, espera-se que um bebê ande a partir de um ano, podendo variar para mais e para menos.
3 – Quando o pai precisa se preocupar se o bebê não andar?
Para o diagnóstico precoce dos desvios do desenvolvimento, não basta apenas a consideração dos marcos clássicos: controle da cabeça aos três meses; permanecer sentado, sem apoio, aos seis meses, quando colocado nessa postura; passar a parar de pé aos nove meses; e andar aos 12 meses. Os primeiros passos a partir de um ano ocorrem porque, em geral, a criança nesta idade fez a aquisição de todos os pré-requisitos para poder andar, cujo preparo teve início ainda na vida intrauterina e continuou após o nascimento ao longo de todo o ano. No caso de bebês prematuros, deve ser feita a idade cronológica corrigida. Assim, os pais devem ficar atentos aos seguintes pré-requisitos: flexão no período neonatal; atividade reflexa primitiva; simetria corporal; transferência de peso corporal; rolar; e reações de retificação e de equilíbrio.
O desenvolvimento dessas características acontece concomitantemente com a continuação da maturação das funções sensitivas, cognitivas e psíquicas. Assim, este conhecimento é importante, pois permite a detecção precoce de alterações no desenvolvimento, que, por sua vez, possibilita o início de intervenções necessárias em tempo hábil. Se tudo estiver bem não há com o que se preocupar só esperar o bebê andar no seu tempo.
Fonte: Nara Boechat, IFF/Fiocruz.
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