Notícia
Prevenção contra o câncer colorretal
Sociedade Brasileira de Coloproctologia ressalta que doença pode ser prevenida
Getty Images
Fonte
Sociedade Brasileira de Coloproctologia
Data
quinta-feira, 1 setembro 2016 20:55
Áreas
Medicina. Oncologia. Proctologia.
O câncer colorretal figura entre os mais incidentes no Brasil e no mundo. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) preveem para este ano 17.620 novos casos de câncer de cólon e reto em mulheres e 16.660 em homens. O câncer colorretal é o segundo mais frequente nas mulheres (após mama) e o terceiro nos homens (após próstata e pulmão).
Para alertar e conscientizar a população sobre a prevenção da doença, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) realiza pela segunda vez a campanha Setembro Verde. Durante todo o mês de setembro, o Portal da Coloproctologia e a página da instituição no Facebook dar dicas de prevenção e cuidados com a doença.
“O câncer colorretal está relacionado a hábitos de vida não saudáveis, como consumo elevado de carnes vermelhas e processadas e pouca ingestão de frutas, legumes e verduras. Além disso, são fatores de risco obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabagismo“, alerta o presidente da SBCP, Dr. Fábio Guilherme Campos.
Outro fator de risco é a idade, principalmente a partir dos 50 anos. Geralmente o câncer de intestino é precedido de um pólipo, pequena verruga na mucosa do intestino. Este pólipo leva alguns anos para se desenvolver, assim, é possível diagnosticá-lo antes que se torne maligno. Pessoas com casos de pólipos na família devem ficar alertas, assim como portadores de doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e Doença de Crohn).
Prevenção
Em geral, a doença pode ser prevenida com hábitos como: ingestão de fibras (25 a 30g por dia), frutas e verduras (duas xícaras e meia por dia) e peixes (duas a três vezes por semana), baixo consumo de gorduras (principalmente as de origem animal como carne vermelha e queijos), prática regular de exercícios físicos e evitando-se o tabagismo e a ingestão exagerada de álcool.
Estudos têm comprovado que outros alimentos também podem auxiliar na prevenção, como curry, gengibre, pimenta negra, ginseng, açafrão, berberina (encontrada em raízes e cascas de plantas medicinais e alguns tipos de uva), cogumelos, vinho tinto, soja e alimentos probióticos (que contenham microrganismos vivos).
Quem possui parentes de primeiro grau com câncer intestinal ou pólipos deve ficar mais atento e procurar o coloproctologista para saber como e com qual frequência deve fazer a colonoscopia. “O exame consiste na introdução de um tubo flexível acoplado a uma câmera para visualizar o intestino por dentro. A colonoscopia permite retirar pólipos que sejam eventualmente encontrados, pois os tumores malignos se originam a partir desses pólipos”, explica Campos.
A doença geralmente não apresenta sintomas em sua fase inicial. A SBCP recomenda a realização da colonoscopia a partir dos 50 anos, quando não há casos na família de câncer colorretal e pólipos. Quando houver histórico familiar, a recomendação geralmente é a partir dos 40 anos de idade. “O coloproctologista vai determinar a periodicidade adequada de realização do exame”, completa o presidente da SBCP.
Em estágios avançados, o câncer do intestino pode causar perda de sangue nas fezes, dor abdominal, massa abdominal palpável, alteração do ritmo intestinal, emagrecimento, náuseas, vômitos e anemia não explicados por outras causas.
Quando detectada a doença, na maioria das vezes o tratamento é realizado por meio de cirurgia (por via convencional ou laparoscópica) para remoção da parte afetada juntamente com os gânglios linfáticos (linfonodos). Dependendo do grau de desenvolvimento do tumor, podem ser necessárias quimioterapia, radioterapia e cirurgia para realização de um estoma (orifício na parede abdominal).
Fonte: Sociedade Brasileira de Coloproctologia. Imagem: Getty Images
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