Notícia

Pressão arterial anormal na meia-idade e na velhice aumenta o risco de demência

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Fonte

Universidade Johns Hopkins

Data

sexta-feira, 23 agosto 2019 08:35

Áreas

Medicina. Cardiologia. Neurociências.

Em um estudo que durou duas décadas e meia e analisou dados de mais de 4.700 participantes, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (JHU, da sigla em inglês), nos Estados Unidos, acrescentaram evidências de que a pressão sanguínea anormal na meia-idade e que persiste na velhice aumenta a probabilidade de desenvolver demência. Embora não tenha sido projetado para mostrar causa e efeito, o estudo sugere que manter uma pressão sanguínea saudável durante toda a vida pode ser uma maneira de ajudar a diminuir o risco de perder a função cerebral.

“Nossos resultados sugerem que a pressão arterial durante a meia-idade pode influenciar como a pressão arterial se relaciona mais tarde ao risco de demência”, diz o Dr. Keenan Walker, professor assistente de neurologia da Faculdade de Medicina da JHU. “Descobrimos que indivíduos com hipertensão na meia-idade podem se beneficiar de direcionar a pressão arterial para níveis normais mais tarde na vida, pois ter pressão arterial muito alta ou baixa na velhice pode aumentar ainda mais o risco de demência”.

Em seu estudo, que foi publicado recentemente na revista científica JAMA, os pesquisadores descobriram que aquelas pessoas com hipertensão arterial durante a meia-idade e na velhice eram 49% mais propensas a desenvolver demência do que aquelas com pressão arterial normal em ambos os momentos. Mas em risco ainda maior estiveram aqueles que tinham hipertensão na meia-idade e pressão arterial baixa na velhice – o que aumentou o risco de demência em 62%.

A hipertensão arterial foi considerada qualquer medida superior a 140/90 milímetros de mercúrio, enquanto a pressão arterial baixa foi definida como menos de 90/60 milímetros de mercúrio. Um exame cognitivo, relatórios do cuidador, códigos de alta hospitalar e atestados de óbito foram usados ​​para classificar a função cerebral do participante e determinar o comprometimento cognitivo.

De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, 75 milhões de pessoas têm hipertensão, que pode ser resultado de genética ou resultado de falta de exercícios e dieta inadequada. À medida que as pessoas envelhecem, a pressão arterial (sistólica) muitas vezes aumenta, enquanto a pressão de base (diastólica) pode diminuir devido a mudanças estruturais nos vasos sanguíneos. Enrijecimento das artérias e fragilidade física também pode levar a baixa pressão arterial na velhice. O Dr. Keenan Walker diz que a própria demência pode levar a uma diminuição da pressão arterial, uma vez que pode perturbar o sistema nervoso autônomo do cérebro.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia na página da Universidade Johns Hopkins (em inglês).

Fonte: Helen Jones, Universidade Johns Hopkins. Imagem: Freepik.

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