Notícia
Pneumonia em crianças: saiba como reconhecer alguns sintomas comuns
Silenciosa, a doença pode aparecer em decorrência de um agravamento de outro problema respiratório
Pixabay
Fonte
Blog da Saúde
Data
domingo, 18 dezembro 2016 12:25
Áreas
Medicina. Pneumologia. Pediatria. Saúde Pública.
Muitos pais não conseguem identificar com clareza os sinais que mostram se a criança pode estar ou não com pneumonia. Para a pneumologista pediátrica do Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), Dra. Ana Cristina, os pais vão precisar mesmo de ajuda profissional para identificar os sintomas da pneumonia.
“Geralmente os pais chegam ao consultório com a criança que tem tosse e febre. Você examina e percebe uma alteração na frequência respiratória também”, explica a pneumologista. A médica lembra que para cada faixa etária, há um corte de frequência respiratória e vai ser difícil os pais saberem se a respiração do filho está ou não dentro dos padrões. “A melhor opção é sempre, em caso de dúvida, procurar um profissional para verificar a situação de saúde da criança”, reforça a Dra. Ana Cristina.
Esses são os sintomas mais comuns da doença: tosse, febre e alteração da frequência respiratória da criança, mas nem sempre eles apareceram de forma clinicamente clara. “Apesar de ser difícil ver uma criança quieta mesmo doente, cada família consegue identificar quando os seus não estão com a energia que geralmente as crianças possuem no dia a dia”, afirma a pneumologista.
O exame de Raio X é fundamental para confirmar os outros sinais já identificados no exame clínico feito pelo médico. Algumas crianças podem eventualmente se queixar de dor no peito. “Não é uma queixa comum em crianças menores, mas pode ser em crianças em idade escolar. Quando você tem uma pneumonia, tem um processo inflamatório e a pleura é o revestimento do pulmão. O avanço da infecção até esse revestimento se manifesta com dor. Essa é a forma do corpo mostrar isso”, detalha a médica
A médica reforça que no caso de crianças resfriadas, quando são levadas para atendimento especializado, é comum o profissional orientar o responsável para voltar em 48 horas, melhorando ou não, para uma nova análise da situação de saúde. “Isso é muito importante porque um simples resfriado pode naturalmente melhorar, mas ele também pode evoluir para uma pneumonia”, explica a pneumologista.
A pneumonia ainda é a principal causa de internação no Sistema Único de Saúde. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015 foram realizadas 627.663 internações por conta da doença. No ano anterior, 654.772 interações foram registradas.
Tratamento
Não é possível tratar uma pneumonia apenas com medicamentos caseiros, como chá de limão ou outros preparos, como os gargarejos de água com sal – dicas comuns para resfriados. Para combater a doença é necessária medicação específica, com antibióticos, podendo haver necessidade de internação. “É muito importante o acompanhamento. Você pode tratar com medicamentos, em casa, sem a necessidade de internar, mas tem que tratar. A pneumonia, se não tratada, pode levar a criança a uma insuficiência respiratória e óbito”, alerta a Dra. Ana Cristina.
Prevenção
Desde 2010, o Ministério da Saúde oferece no Programa Nacional de Imunização a vacina Pneumocócica 10-valente. As crianças são vacinadas em 3 doses: aos 2 meses, 4 meses e reforço aos 12 meses. A vacina, além de prevenir contra a pneumonia, também imuniza as crianças contra problemas como otite, meningite e infecções causadas pelo Pneumococo.
Outra vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) é a Pneumocócica 23, também contra a pneumonia, mas direcionada aos idosos. Ela é ofertada gratuitamente à população com mais de 60 anos.
Leia a matéria completa de Gabi Kopko, no Blog da Saúde.
Fonte: Gabi Kopko, Blog da Saúde. Imagem: Pixabay.
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