Notícia
Plástico biodegradável é produzido com resina do cajueiro
Pesquisa da UFG mostrou que material pode ser utilizado também como curativo
Pixabay
Fonte
UFG
Data
quinta-feira, 30 junho 2016 19:10
Áreas
Química Medicinal. Bioquímica. Biomateriais. Biopolímeros. Biotecnologia.
Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveram um filme plástico com resina extraída da casca do cajueiro, chamada de goma de cajueiro. A pesquisa, coordenada pela Profa. Dra. Kátia Fernandes, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), pode auxiliar para que este material seja uma alternativa renovável para a produção de plástico. O plástico biodegradável pode ser utilizado como embalagem para alimentos e curativos.
O tempo de degradação do plástico foi testado e os pesquisadores detectaram que em 30 dias já não são mais encontrados resíduos do material no solo, enquanto o plástico normal permanece durante 50 anos no meio ambiente. A primeira experiência com a goma de cajueiro foi realizada para produzir embalagens para alimentos.
Os alimentos quando embalados por muito tempo podem murchar e mofar. Para evitar essas situações, os pesquisadores incluíram na formulação do filme uma enzima que degrada a parede dos fungos. Os filmes contendo enzimas foram testados com grande sucesso no controle do crescimento dos fungos Sclerotinia sclerotiorum, Aspergilus niger e Penicillium sp. Com este filme, os produtos podem permanecer na prateleira por até três vezes mais do que os que utilizam as embalagens tradicionais.
Curativos biodegradáveis
O plástico foi testado também em células humanas para verificar se poderia ser utilizado como curativo. O material não é tóxico e as células cresceram normalmente. Foram feitas três tentativas com o curativo. Na primeira, os pesquisadores colocaram uma enzima que controla o processo de cicatrização. “Algumas pessoas tem um problema de saúde que faz com que a cicatrização ocorra muito rápido, para atuar nesse processo tem uma enzima que impede a cicatrização rápida. Nós mostramos que a enzima fica ativa no filme”, esclarece a coordenadora da pesquisa.
O uso de um anti-inflamatório nesse curativo também foi testado e os resultados foram positivos. A pesquisa concluiu que o filme produzido é totalmente atóxico, biodegradável e as enzimas ficam ativas durante horas nesse curativo, explica a Dra. Kátia Fernandes. Na próxima etapa do estudo, será testado um antibiótico.
Fonte: Monithelle Cardoso, UFG. Imagem: Pixabay.
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