Notícia
Pesquisadores portugueses estudam novos tratamentos para a artrite reumatóide
Pesquisa publicada na revista Arthritis & Rheumatology identificou células alteradas na doença
Divulgação
Fonte
CiênciaHoje, Portugal
Data
quinta-feira, 29 janeiro 2015 10:50
Áreas
Biomecânica. Ortopedia. Biologia Celular.
Uma equipe de pesquisadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) descobriu que as células do sistema imunitário T CD8, produzidas pelo Timo (órgão linfóide situado junto ao coração) para defender o organismo de infecções, estão alteradas na artrite reumatóide, sendo responsáveis pela manutenção da doença, quer ao nível sanguíneo quer ao nível das articulações.
Nesta doença crónica, as T CD8 perdem a tolerância imunológica e destroem as células erradas, ou seja, matam as células boas da articulação, revela o estudo realizado, primeiro em modelos animais e posteriormente em humanos. O estudo acompanhou 96 doentes com artrite reumatóide, seguidos no Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, dirigido pelo Prof. Dr. José António Pereira da Silva,.da FMUC.
Os pesquisadores verificaram ainda, nas experiências com modelos animais, que retirando as T CD8 do sistema, estes apresentavam melhorias muito significativas. Estes resultados “abrem portas para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos com o foco nestas células que estão matando as células erradas porque perderam a capacidade de distinguir o que é estranho daquilo que faz parte do organismo”, explica a Dra. Helena Carvalheiro, primeira autora do artigo científico publicado no Arthritis & Rheumatology, revista científica internacional de referência da área.
Sendo a artrite reumatóide uma doença crónica que provoca a destruição das articulações e invalidez progressiva, a procura de novas respostas clínicas “continua sendo um objetivo central, apesar dos notáveis progressos registados já na última década”, sublinha o especialista da FMUC, José António Pereira da Silva.
Financiada por bolsas atribuídas pela União Europeia e por um laboratório de indústria farmacêutica, a pesquisa vai agora focar em “selecionar as vias moleculares intracelulares das T CD8 que podem ser modificadas geneticamente com fins terapêuticos, isto é, vamos avaliar como funcionam os sinais dentro destas células, através da análise genética, identificar os que estão alterados e proceder à sua reparação para que todas as peças da máquina voltem a funcionar em favor do doente”, avança Helena Carvalheiro.
Fonte: CiênciaHoje, Portugal. Imagem: Divulgação.
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