Notícia
Pesquisadores estudam compostos naturais para o combate ao câncer de boca
Novos fármacos podem melhorar a qualidade de vida das pessoas
Divulgação
Fonte
UFF | Universidade Federal Fluminense
Data
segunda-feira, 9 abril 2018 18:55
Áreas
Química. Bioquímica. Farmácia.
O câncer de boca é um tipo de neoplasia maligna dos tecidos da cavidade oral, o quinto com maior incidência no mundo, com cerca de 450 mil casos notificados no último ano. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a expectativa de sobrevivência, após cinco anos do diagnóstico, é de 33% em regiões pobres e 63% em regiões ricas.
Segundo o pesquisador do Laboratório Multiusuário de Pesquisa Biomédica (LMPB) de Nova Friburgo, Bruno Robbs, no município, há um elevado número de pessoas com diagnóstico de câncer de boca e faringe. Alguns fatores podem ser considerados como as principais causas do câncer de boca: má higiene oral, tabagismo, alta ingestão de açúcar e, no caso dos trabalhadores rurais, a exposição contínua a grandes quantidades de agrotóxicos e ao sol.
Com foco nos índices locais, um grupo de professores e alunos do Polo Universitário de Nova Friburgo (Punf) em parceria com o Laboratório de Síntese de Glicoderivados e Naftoquinonas, do Instituto de Química de Niterói, deu início à pesquisa de compostos químicos derivados de substâncias naturais, como o ipê e a henna, que depois de sintetizados em laboratório dão origem às “naftoquinonas”, substâncias capazes de combater o carcinoma de células esquamosas orais.
O Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Prof. Dr. Vitor Francisco Ferreira, ressalta a relevância do trabalho, não somente pelo objeto de estudo, mas pelo fator estratégico que envolve a junção de investimentos e a parceria de outros pesquisadores num mesmo objetivo. “Há profissionais na instituição que têm pesquisas em comum e muitas vezes estão separados por uma parede ou andar. Eles precisam se comunicar, trocar ideias e unir recursos. A UFF, a sociedade, todos saem ganhando”, afirmou.
Para o Dr. Vitor, a colaboração dentro da própria universidade é fundamental. “Existem pesquisadores que estão fora de Niterói, instalados em outros municípios do Estado, desenvolvendo trabalhos de excelência, e aqui não estamos a par. É necessário que os professores saibam o que os colegas estão produzindo, e de alguma forma, contribuam para que as pesquisas avancem”, enfatizou.
A pesquisa é realizada desde 2016 por um grupo de quinze professores e alunos bolsistas, liderado pelo coordenador do Laboratório de Análises Clínicas do Instituto de Saúde de Nova Friburgo (ISNF), Bruno Kaufmann Robbs, junto com o professor do Departamento de Química Orgânica, Fernando de Carvalho da Silva e sua equipe. O objetivo é investigar a ação anticancerígena de substâncias orgânicas presentes na natureza, frente às células malignizadas.
“Fizemos os primeiros testes pré-clínicos em animais, com autorização do comitê de ética da universidade e testamos a toxicidade de 21 compostos para o câncer, as naftoquinonas. Descobrimos que um deles, o xanteno, mostrou bioatividade promissora para o tratamento, sendo quatro vezes mais tóxico para diferentes linhagens de câncer da cavidade oral. Em seguida, utilizamos células tumorais de três pacientes com a doença e de uma pessoa sadia, para identificar se o composto também ataca células normais ou é letal apenas para células cancerígenas”, explicou Bruno Robbs.
Acesse a matéria completa no site da Universidade Federal Fluminense.
Fonte: Jornalismo, UFF. Imagem: Divulgação.
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