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Pesquisadores desenvolvem tecnologia eficiente para fabricar implantes funcionais e personalizados para a reconstrução de malformação auricular

Divulgação, Technion

Fonte

Technion | Instituto de Tecnologia de Israel

Data

segunda-feira, 20 dezembro 2021 12:10

Áreas

Biomecânica. Biotecnologia. .Engenharia Biomédica. Engenharia de Tecidos.

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) e do Centro Médico Sheba desenvolveram uma tecnologia eficiente para a fabricação de implantes estéticos funcionais feitos sob medida para a ‘reconstrução’ de orelhas com deformação congênita.

Microtia é um defeito de nascença que ocorre quando a orelha externa não se desenvolve normalmente e, como resultado, é pequena e malformada. A Microtia ocorre em 0,1% a 0,3% dos nascimentos. Ocasionalmente, além da questão estética, a microtia também envolve a perda auditiva.

Uma vez que a orelha é constituída de cartilagem flexível e não tecido ósseo, a técnica usual para reconstrução de microtia é usar cartilagem costal colhida do tórax do paciente. Este método envolve dor e desconforto, bem como risco de complicações adicionais. Além disso, a construção de uma orelha idêntica à outra depende da criatividade do cirurgião e de sua habilidade cirúrgica de alto nível.

A revista científica Biofabrication relatou a descoberta dos pesquisadores israelenses, que foi alcançada por meio de um projeto colaborativo entre a professora Dra. Shulamit Levenberg, da Faculdade de Engenharia Biomédica do Technion, e o Dr. Shay Izhak Duvdevani, médico sênior do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Chefe do Laboratório de Engenharia de Tecidos do Sheba Medical Center.

No estudo atual, os pesquisadores aplicaram novas tecnologias em engenharia de tecidos, desenvolvidas no laboratório do professor Levenberg sob a liderança da Dra. Shira Landau, para fabricar um arcabouço auricular biodegradável que formou implantes de neocartilagem estáveis ​​e feitos sob medida.

A estrutura única [scaffold], que permite a formação de um implante auricular estético e estável, é impresso em 3D a partir de uma tomografia computadorizada. A estrutura é biodegradável, forma condrócitos – células responsáveis ​​pela formação da cartilagem – e células-tronco mesenquimais, com poros de tamanhos variados, permitindo a fixação da célula para formar cartilagem estável.

De acordo com os pesquisadores, o desenvolvimento de engenharia de um ouvido a partir das células do próprio paciente reduzirá o sofrimento e o risco causado às crianças como resultado da coleta de sua cartilagem costal. Além disso, permitirá que a cirurgia seja realizada em crianças de até seis anos de idade, em vez da prática atualmente aceita de esperar até os dez anos. Realizar a cirurgia em uma idade mais jovem provavelmente atenua os efeitos psicológicos da microtia nas crianças.

Os pesquisadores monitoraram a formação da cartilagem para a construção do ouvido no laboratório por um período entre 10 dias e 6 semanas, e então a implantaram em um modelo murino. Como resultado, a integração do enxerto foi bem-sucedida e a orelha protética demonstrou boa função biomecânica.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Technion (em inglês).

Fonte: Technion. Imagem: Divulgação, Technion.

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