Notícia

Pesquisadores descobrem uma possível causa da doença de Parkinson

Grupo de Pesquisa do Dr. Timo Myöhäne Takala

Fonte

Universidade de Helsinque

Data

quarta-feira, 10 maio 2023 06:25

Áreas

Biologia. Gastroenterologia. Medicina. Microbiologia. Neurociências. Neurologia. Psiquiatria. Saúde do Idoso. Saúde Mental. Saúde Pública.

“Nossas descobertas são significativas, pois a causa da doença de Parkinson permanece desconhecida, apesar das tentativas de identificá-la nos últimos dois séculos. As descobertas indicam que cepas específicas da bactéria Desulfovibrio provavelmente causam a doença de Parkinson. A doença é causada principalmente por fatores ambientais, ou seja, exposição ambiental às cepas bacterianas Desulfovibrio que causam a doença de Parkinson. Apenas uma pequena parcela, ou aproximadamente 10%, da doença de Parkinson é causada por genes individuais”, disse o Dr. Per Saris, professor da Universidade de Helsinque.

O objetivo do grupo de pesquisa do professor Saris era investigar experimentalmente se as cepas de Desulfovibrio encontradas em pacientes podem resultar em progresso para a doença de Parkinson.

A principal descoberta do estudo publicado recentemente pelo grupo foi que essas cepas em pacientes com doença de Parkinson causam agregação da proteína α-sinucleína em um nível estatisticamente significativo em um organismo modelo para a doença de Parkinson. O verme Caenorhabditis elegans foi usado como organismo modelo.

O estudo também descobriu que as cepas de Desulfovibrio isoladas de indivíduos saudáveis não causam agregação de α-sinucleína no mesmo grau. Em contraste, os agregados causados pelas cepas de Desulfovibrio em pacientes com doenças de Parkinson também eram maiores.

“Nossas descobertas tornam possível rastrear os portadores dessas bactérias nocivas Desulfovibrio. Consequentemente, eles podem ser alvo de medidas para remover essas cepas do intestino, potencialmente aliviando e retardando os sintomas de pacientes com doença de Parkinson. Uma vez que a bactéria Desulfovibrio é eliminada do intestino, os agregados de α-sinucleína não são mais formados nas células intestinais, de onde viajam para o cérebro através do nervo vago como proteínas príons”, resumiu o Dr. Per Saris.

Os resultados foram publicados na revista científica Frontiers in Cellular and Infection Microbiology.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Helsinque (em inglês).

Fonte: Universidade de Helsinque. Imagem: Agregação de alfa-sinucleína em uma célula nervosa. Fonte: Grupo de Pesquisa do Dr. Timo Myöhäne Takala.

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