Notícia

Pesquisadores de Stanford têm foco em imagens do tecido humano saudável no Programa ‘Atlas Biomolecular Humano’

Cientistas da Escola de Medicina da Universidade Stanford descrevem detalhes do intestino humano e tecido placentário como parte do Programa de Atlas Biomolecular Humano dos Institutos Nacionais de Saúde, nos EUA

Laboratório do Dr. Michael Snyder, Escola de Medicina da Universidade Stanford

Fonte

Escola de Medicina da Universidade Stanford

Data

segunda-feira, 24 julho 2023 15:05

Áreas

Biologia. Fisiologia. Gastroenterologia. Medicina. Microbiologia. Nefrologia. Patologia.

Na maioria das vezes, os estudos da Biologia Humana são conduzidos quando o corpo está submetido a uma doença. Agora, como parte de um esforço maior para delinear o que é ‘saudável’, duas equipes da Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram mapas moleculares detalhados de tecidos intestinais e placentários humanos saudáveis.

Os mapas, que capturam tipos de células, quantidade de células e outras nuances celulares, são apenas dois de uma coleção de mapas que estabelecerão uma linha de base celular para a maior parte do corpo humano, incluindo onde as células de certos tecidos se reúnem, como os tecidos se desenvolvem durante a gravidez e como as interações célula a célula impulsionam a Biologia Humana.

Os estudos, publicados recentemente na revista científica Nature, fazem parte de um esforço maior liderado pelo Human Biomolecular Atlas Program – chamado HuBMAP – financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH). O objetivo é preencher lacunas no conhecimento sobre como o corpo humano funciona quando está em boa forma. Dezenas de equipes dos Estados Unidos e da Europa contribuem para o consórcio HuBMAP.

“Em pesquisa, temos o hábito de estudar coisas que são anormais sem realmente entender como é o normal”, disse o Dr. Michael Angelo, professor de Patologia que também é copresidente do comitê de direção do HuBMAP. “Isso criou uma grande lacuna em nosso conhecimento. O HuBMAP é o único esforço que se concentra sistematicamente na arquitetura espacial desses tecidos”.

Ao combinar técnicas de imagem celular, aprendizado de máquina e outros métodos de análises moleculares, as equipes estão criando um recurso abrangente para os pesquisadores entenderem melhor todos os tecidos humanos. Os dados coletados durante o projeto, incluindo dados de imagem e anotações, estarão disponíveis publicamente através do HuBMAP. O objetivo é permitir que os pesquisadores estudem características específicas do tecido, compreendam os mecanismos de doenças e desenvolvam ferramentas de anotação automatizadas que identifiquem e caracterizem as células.

Ao contribuir para o mapeamento do corpo humano em geral, o Dr. Michael Snyder – professor de Genética de Stanford e ex-copresidente do comitê diretor do HuBMAP – e sua equipe se concentraram no intestino, revelando as principais características desse tipo de tecido:

  • As células do intestino se reúnem em ‘vizinhanças’, que são compostas por diferentes quantidades de tipos de células com funções específicas. Os pesquisadores foram capazes de mapear esses locais até o nível de células individuais.
  • Os novos mapas revelaram conexões clínicas interessantes: os pesquisadores descobriram que os doadores de tecido com maior índice de massa corporal tinham um número muito maior de macrófagos M1, um tipo de célula imune associada à inflamação. E os doadores com histórico de hipertensão tinham menos células imunológicas de um tipo diferente, chamadas células T CD8, que desempenham um papel na busca e destruição de possíveis células cancerígenas.

A equipe do Dr. Michael Angelo se concentrou no processo de remodelação do tecido materno-fetal, no qual as células do feto se inserem na parede uterina. O estudo detalhou várias peças-chave da biologia do desenvolvimento durante a gravidez.

Os pesquisadores esperam que o estabelecimento de linhas de base detalhadas, em coordenação com dezenas de outras equipes de pesquisa que criam mapas celulares no HuBMAP, ajude os cientistas a entender melhor o que acontece quando corpos saudáveis ficam doentes.

“Estes são realmente alguns dos primeiros mapas espaciais altamente detalhados do corpo humano, permitindo-nos ver não apenas quais células estão lá, mas como elas estão organizadas. É difícil entender a doença se você não sabe como são os estados saudáveis. Esses mapas nos permitirão começar a comparar diferentes órgãos e analisar o que está errado durante a doença”, concluiu o Dr. Michael Snyder.

Acesse a publicação científica (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Escola de Medicina da Universidade Stanford (em inglês).

Fonte: Hanae Armitage, Escola de Medicina da Universidade Stanford. Laboratório do Dr. Michael Snyder, Escola de Medicina da Universidade Stanford.

Em suas publicações, o Portal Tech4Health da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal Tech4Health tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.

Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Portal Tech4Health e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Portal Tech4Health, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.

Leia também

2024 tech4health t4h | Notícias, Conteúdos e Rede Profissional em Saúde e Tecnologias

Entre em Contato

Enviando
ou

Fazer login com suas credenciais

ou    

Esqueceu sua senha?

ou

Create Account