Notícia
Pesquisadora desenvolve órtese para membro superior com técnicas de impressão 3D
O modelo seria mais barato e funcional do que os atuais, mas ainda não chegou ao mercado
Divulgação
Fonte
UFRGS | Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Data
segunda-feira, 11 março 2019 16:30
Áreas
Biomecânica. Manufatura Aditiva.
As órteses têm como função auxiliar no posicionamento do membro e aumentar a mobilidade dos usuários, sendo indicadas em casos de acidente ou doenças do sistema locomotor. Diferentemente da característica imobilizante do gesso, a órtese é ajustada conforme as necessidades do paciente e deve ser agradável tanto esteticamente quanto funcionalmente. Mantendo o membro na posição correta, elas promovem a reabilitação e a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, dando-lhes também independência para exercer suas atividades cotidianas.
Aproximando o seu conhecimento das tecnologias disponíveis, a terapeuta ocupacional Kelin Luana Casagranda desenvolveu um método de criação de órteses através de técnicas de fabricação digital e impressão 3D, em um processo que envolveu designers, usuários e terapeutas ocupacionais. O projeto, que fez parte da sua pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), também promove a democratização de equipamentos e tecnologias, para que os seus produtos se tornem mais acessíveis à população. A partir do design colaborativo e do diálogo entre diferentes profissões, foi criada uma alternativa aos modelos atuais que mais bem atendem às necessidades dos pacientes. “O design colaborativo é poder criar em conjunto, trazer o seu conhecimento e agregar com o do outro. Trabalhamos para um bem em comum”, afirma a terapeuta.
A órtese foi testada em apenas um usuário participante da pesquisa devido ao pouco tempo disponível para expandir os testes. O paciente já utilizava tala de neoprene ou lona para manter o posicionamento correto da sua mão e recebeu um novo modelo. O feedback da órtese desenvolvida pelo grupo foi positivo, destacando sua leveza, a facilidade de fechamento e a estética. Com o usuário participando do processo, ele pôde escolher a cor desejada e também apontou que esta era mais ventilada, produzindo menos suor durante o uso diário. Apesar de ter sido um teste em pequena escala, Kelin Casagranda pretende continuar trabalhando com o tema, desenvolvendo outras pesquisas tanto sobre órteses como próteses impressas em 3D. “Meu objetivo é que as pessoas que precisam tenham acesso a isso, não adianta ficar só na pesquisa”, diz ela. Para a terapeuta ocupacional, o próximo passo é disponibilizar as órteses para os pacientes e trazê-las para o mundo real. Antes de comercializar, é preciso aplicar em outras pessoas e outros tipos de caso para otimizar o processo e gerar o melhor resultado possível.
Acesse a dissertação de mestrado completa.
Acesse a notícia completa na página UFRGS Ciência.
Fonte: Nathália Cassola, UFRGS Ciência. Imagem: Divulgação.
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