Notícia

Pesquisa visa ajudar mulheres com diabetes tipo 1 a viver mais e com mais saúde

Para uma participante da pesquisa, fazer parte de um estudo de saúde da mulher foi uma chance de ajudar a preencher uma lacuna de conhecimento – e aprender mais sobre como cuidar de sua própria saúde

Matthew Sichkaruk via Unsplash

Fonte

Universidade de Alberta

Data

sexta-feira, 11 março 2022 12:40

Áreas

Educação Física. Endocrinologia. Metabolismo. Saúde da Mulher. Saúde Pública.

“Você é mais forte do que pensa”, disse a Dra. Jane Yardley, enquanto colocava o peso de 138 kgf na máquina de aumento de panturrilha no Laboratório de Atividade Física e Diabetes da Universidade de Alberta, no Canadá.

Surpreender-se com quanto peso pode levantar é apenas uma das conclusões de participantes da pesquisa da Dra. Yardley sobre como o exercício afeta mulheres na pós-menopausa que têm diabetes tipo 1.

A Dra. Jane Yardley está entre os 160 pesquisadores apoiados pela Alberta Women’s Health Foundation por meio do Women and Children’s Health Research Institute que estão determinados a preencher as lacunas significativas que existem no conhecimento sobre a saúde da mulher.

Tudo, de medicamentos a doenças, funciona de maneira diferente no corpo feminino, mas até 20 anos atrás poucos estudos médicos incluíam participantes do sexo feminino, que até hoje representam apenas cerca de um terço dos participantes de pesquisas.

“Acredito firmemente que, para prevenir a fragilidade em idosos com diabetes tipo 1, precisamos incentivar o exercício de resistência. É uma das melhores maneiras de evitar a perda muscular e a perda de densidade óssea, mas literalmente não há estudos até o momento sobre os riscos de hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) para essa população”, disse a Dra. Yardley, professora de Educação Física da Universidade de Alberta e membro do Instituto de Diabetes de Alberta.

Benefícios pessoais para a saúde das participantes do estudo

O diabetes pode levar a muitas complicações, incluindo insuficiência renal, doenças cardíacas, cegueira e danos nos nervos, de modo que a expectativa de vida é de 10 a 15 anos menor para a pessoa diabética do que para pessoas sem diabetes. Mas graças a um melhor tratamento – e mais pessoas se tornando ativas – isso está melhorando continuamente.

“Pessoas com diabetes tipo 1 podem viver 10 anos a mais se se exercitarem regularmente, com menor risco de doenças cardíacas e depressão e maior qualidade de vida”, disse a Dra. Yardley a uma classe de alunos do quarto ano de Cinesiologia recentemente.

Existem diretrizes sobre como controlar o diabetes durante o exercício, algumas das quais a Dra. Jane Yardley ajudou a escrever, mas são baseadas em estudos que simplesmente não incluíram mulheres na pós-menopausa.

“Muitas de nossas diretrizes analisam a fisiologia de homens jovens em forma e, em seguida, colocam recomendações gerais, mas não levam em consideração por que as pessoas estão se exercitando. Eu tenho participantes do sexo feminino que vêm ao meu laboratório e dizem: ‘Eu realmente não quero comer carboidratos antes de me exercitar, porque então estaria comendo tantas calorias quanto queimaria, e estou me exercitando para manter ou perder peso'”, disse a professora Yardley.

Antes de começar qualquer estudo com participantes, a Dra. Jane Yardley solicita exames para determinar a densidade óssea e distribuição de gordura, bem como exames de sangue e um teste de estresse cardíaco em esteira para garantir que o coração esteja em forma o suficiente para passar pelo circuito de levantamento de peso.

“Ela me ajudou a entender melhor as recomendações sobre quando e quanto diminuir minha insulina dependendo da intensidade do exercício que estou fazendo, da hora do dia, do que comi e assim por diante. Estou me saindo melhor em manter meus níveis de açúcar no sangue dentro do intervalo alvo durante meus treinos, e isso me faz sentir bem”, disse uma participante do estudo.

Uma das hipóteses de pesquisa da Dra. Yardley é que as mulheres na pós-menopausa podem ver sua glicemia cair mais rapidamente do que mulheres mais jovens, porque o estrogênio permite que o corpo queime mais gordura como combustível e dependa menos do açúcar no sangue. Mas pode levar anos até alcançar os resultados desta pesquisa, já que a pesquisadora ainda está recrutando participantes para este e outros quatro estudos em andamento.

“Provavelmente estamos procurando cerca de 70 participantes, e isso pode levar algum tempo para encontrar; para este estudo, estamos procurando mulheres na pós-menopausa com diabetes tipo 1, então, você está reduzindo substancialmente a população que você pode recrutar. E então precisamos de participantes capazes e dispostas a se exercitar [o que é ainda mais difícil]”, disse a Dra. Jane Yardley.

Mas a pesquisadora está determinada a continuar sua pesquisa para que as diretrizes possam ser refinadas o suficiente para tornar mais fácil para mulheres ficarem em forma e viverem de maneira mais saudável.

Acesse a notícia na página da Universidade de Alberta (em inglês).

Fonte: Gillian Rutherford, Universidade de Alberta. Imagem: Matthew Sichkaruk via Unsplash.

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