Notícia
Pesquisa sobre asma recebe prêmio L’Oréal –Unesco-ABC “Para Mulheres na Ciência”
Especialista em Medicina Regenerativa, pesquisadora da UFRJ é uma das sete vencedoras da edição 2018 do prêmio e receberá bolsa de R$ 50 mil
Divulgação/L'Oréal Brasil
Fonte
FAPERJ | Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Data
terça-feira, 25 setembro 2018 09:50
Áreas
Medicina. Medicina Regenerativa. Pneumologia.
A busca de terapias mais efetivas para o tratamento de problemas respiratórios crônicos rendeu à médica Dra. Fernanda Ferreira Cruz, de 32 anos, o Prêmio L’Oréal –Unesco-ABC “Para Mulheres na Ciência”. Especialista em Medicina Regenerativa, ela é uma das sete vencedoras da edição 2018 e receberá bolsa de R$ 50 mil para impulsionar suas pesquisas na busca de soluções menos invasivas para a asma grave e para a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A lista das vencedoras foi divulgada na primeira quinzena de agosto e a cerimônia de premiação será realizada no dia 4 de outubro, na sede da L’Oréal, no Rio de Janeiro.
Além do reconhecimento de uma carreira integralmente dedicada à pesquisa, a Dra. Fernanda Cruz também comemora a oportuna ajuda financeira, num momento de contingência no orçamento das entidades científicas e acadêmicas. “A conquista do prêmio é, também, um importante incentivo aos meus colegas de trabalho e alunos de Iniciação Científica e pós-graduação do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ)”, afirma.
Dificuldade de respirar, tosse, chiado, aperto no peito e respiração curta e rápida são os principais sintomas da asma. Sua origem pode ser genética – como a existência de histórico familiar – e seu quadro geralmente é intensificado por fatores ambientais como frio excessivo, poluição, odores fortes etc. Professora Adjunta no IBCCF, a Dra. Fernanda explica que a terapia mais comum para asma busca o controle dos sintomas e a melhoria da função pulmonar. Em geral, o tratamento é feito com medicamentos de ação anti-inflamatória, em especial os corticoides sistêmicos ou inalatórios, geralmente associados aos broncodilatadores (as “bombinhas” de asma) e à adoção de medidas educativas e de controle dos fatores que disparam a crise.
Patologia respiratória bastante comum, a asma afeta, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas no mundo e é responsável por aproximadamente 250 mil mortes anuais. No Brasil são 6,4 milhões de asmáticos acima de 18 anos, segundo Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Entretanto, de 10% a 20% desse contingente não respondem aos medicamentos disponíveis e a cada crise acumulam mais danos ao tecido pulmonar, o que ao longo do tempo agrava o quadro e aumenta o risco de óbito”, explica a pesquisadora. Este percentual de pacientes é exatamente o grupo-alvo de suas pesquisas, iniciadas com células-tronco, a fim de reverter os danos causados pela doença. Ao longo dos estudos, além de células-tronco presentes na medula óssea, identificaram-se células maduras (monócitos) com potencial anti-inflamatório e regenerativo. “Tais células também são encontradas no sangue, o que abre a possibilidade de a terapia celular não depender de um procedimento tão invasivo quanto a punção da medula óssea”, explica a pesquisadora.
Graduada com louvor pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernanda estuda novas terapias para problemas respiratórios crônicos desde sua Iniciação Científica. Contemplada pelo programa Pós-Doutorado Nota 10 da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), seu projeto “Terapia Celular em Modelo Murino de Asma Grave: papel dos Macrófagos” foi seu terceiro pós-doutorado, supervisionado pelo professor Marcelo Morales. De 2014 a 2017, sob a supervisão da professora Dra. Patrícia Rieken Macedo Rocco, ela recebeu bolsa Atração Jovens Talentos, com verba de consumo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do programa Auxílio Instalação da FAPERJ para pesquisa em Medicina Regenerativa. Entre 2013 e 2014, seu pós-doutorado em Medicina Regenerativa e Bioengenharia foi fora do Brasil, na Faculdade de Medicina da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, sob supervisão do Dr. Daniel Weiss, com bolsa de Pós-doutorado no Exterior do CNPq.
Acesse a notícia completa na página da FAPERJ.
Fonte: Paula Guatimosim, FAPERJ. Imagem: Divulgação/L’Oréal Brasil.
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