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Pesquisa pode reduzir a necessidade de monitorização da pressão arterial por 24 horas

Pixabay

Fonte

Universidade de Oxford

Data

segunda-feira, 2 julho 2018 10:55

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A hipertensão arterial afeta cerca de 25% da população mundial e é uma das principais causas de doença cardiovascular e o maior fator de risco para morte e incapacitação.

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de  Birmingham, no Reino Unido, mostra como a aplicação de um algoritmo de computador simples pode classificar corretamente pacientes com hipertensão em 97% dos casos. O estudo foi publicado na revista científica BMJ.

Os níveis de pressão arterial podem flutuar ao longo do dia e podem mudar facilmente como resultado de estresse, atividade física ou mesmo conversas, de modo que as leituras baseadas em clínicas nem sempre são representativas da verdadeira pressão sanguínea de um indivíduo. Para obter uma leitura significativa, o monitoramento ambulatorial de 24 horas é o padrão ouro para o diagnóstico de hipertensão e é atualmente recomendado para todos os pacientes com leituras de pressão elevada na consulta clínica. Isso envolve usar um monitor durante o dia e a noite, com leituras feitas automaticamente a cada 15 ou 20 minutos, o que pode ser desconfortável para algumas pessoas.

Para ajudar os médicos a diagnosticar a hipertensão de forma mais eficaz, os pesquisadores analisaram dados de 2000 pacientes para entender as diferenças entre as leituras clínicas e de pressão arterial de 24 horas, e desenvolveram um algoritmo que pode prever com precisão a pressão arterial verdadeira.

Este algoritmo foi agora avaliado em 887 pacientes com suspeita de hipertensão recrutados através de 10 práticas gerais e um hospital na Inglaterra. Os médicos participantes do estudo fizeram três leituras de pressão arterial durante a consulta para decidir se o paciente necessitaria de monitoramento 24 horas por dia. As leituras do paciente também foram inseridas na ferramenta de previsão juntamente com informações básicas de seu prontuário eletrônico incluindo sua idade, sexo, IMC, histórico de hipertensão e presença de doença cardiovascular.

O algoritmo identificou se o paciente tinha pressão arterial normal, pressão alta ou necessitava de mais investigação. Enquanto previa corretamente pacientes com hipertensão em quase todos os casos quando comparados com leituras verdadeiras da pressão arterial, cerca de um quarto dos pacientes sem hipertensão pudesse ter recebido tratamento potencialmente desnecessário.

O autor principal, Dr. James Sheppard, pesquisador do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade de Oxford, explicou: “Obter uma leitura precisa da pressão arterial em um ambiente clínico pode representar um grande desafio, considerando como a pressão arterial muda ao longo do dia. Ao usar esta simples ferramenta de previsão online, os clínicos gerais, enfermeiros ou outros assistentes de saúde podem determinar rapidamente se um paciente precisa de tratamento ou acompanhamento adicional para diagnosticar a hipertensão. Descobrimos que essa abordagem pode capturar com precisão os pacientes com hipertensão que necessitam de tratamento e reduz significativamente a quantidade de trabalho que os médicos precisam fazer para diagnosticá-los ”.

Acesse a ferramenta, disponível gratuitamente online (em inglês).

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Acesse a notícia completa na página da Universidade de Oxford (em inglês).

Fonte: Universidade de Oxford. Imagem: Pixabay.

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