Notícia

Pesquisa Clínica é tema de debate

Representantes do governo, iniciativa privada e pesquisadores avaliam o cenário nacional

Getty Images

Fonte

ABDI

Data

terça-feira, 3 novembro 2015 10:00

Áreas

Desenvolvimento de Produtos. Indústria Farmacêutica.

Representantes do governo, das indústrias farmacêuticas nacionais e multinacionais, da academia e gestores de hospitais estiveram reunidos, no último dia 21 de outubro, para discutir as possibilidades de melhorar o ambiente institucional para a inovação no Brasil e aumentar a competitividade em pesquisa clínica. O Workshop Melhores Práticas em Pesquisa Clínica no Brasil, aconteceu na sede da Agência Brasileira de Desenvolvimento (ABDI) e foi realizado em parceria com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) e da Academia Nacional de Farmácia (ANF).

“Precisamos aumentar a nossa participação no cenário mundial, que é de apenas 1%, e melhorar o cenário da nossa pesquisa clínica, garantindo a segurança dos voluntários em pesquisa. É um debate extremamente importante para nós”, avaliou o presidente da ABDI, Alessandro Teixeira, na abertura do evento ao lado do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Adriano Massuda e da coordenadora de Ensino e Pesquisa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Nadja Mayrink Bisinoti.

A diretora de Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação da ABDI, Maria Luisa Campos Machado Leal, falou do trabalho que já vem sendo desenvolvido pela Agência com as Agendas Tecnológicas Setoriais (ATS) da área de saúde que tem o objetivo promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico, além de identificar as tecnologias relevantes para a competitividade setorial nos próximos 15 anos. “As ATS vão nos permitir ampliar e criar novas competências tecnológicas e de negócios.”

Elo-chave na cadeia produtiva farmacêutica, os serviços de pesquisa clínica são necessários para a obtenção da licença para a comercialização de medicamentos que é concedida apenas quando a indústria proponente é capaz de comprovar a eficácia, a segurança e a qualidade de seus produtos.

“Esse encontro deixou evidente os esforços, de todas as partes, para melhorar e promover a pesquisa clínica no cenário nacional. Discutimos, de forma aberta e franca, as deficiências e limitações de cada setor, mostrando a necessidade de melhorias, não apenas no sistema de regulamentação da pesquisa clínica, mas, também, nos processos internos das empresas patrocinadoras dos estudos. Também ficou clara a necessidade de ações que sejam mais integradas e coordenadas entre todas as partes, sendo ponto crucial para o crescimento da pesquisa clínica no Brasil. Também foi possível verificar, que, embora se reconheça a necessidade de melhorias do sistema regulatório, o caminho não é o que se está propondo o Projeto de Lei do Senado nº 200 de 2015, havendo necessidade de discussão mais ampla e democrática”, afirmou o diretor do Hospital do Câncer de Barretos, Dr. José Humberto Freganani.

Durante o encontro foram apresentados casos de pesquisas, a visão da indústria enquanto demandante da pesquisa clínica e aspectos regulatórios – sanitários e éticos. “Entre os pontos discutidos, o que nos deixou maior ensinamento no workshop foi que todos os principais setores envolvidos na pesquisa clínica do Brasil avançaram com suas experiências e superaram grandes desafios e que a integração desses setores é o fator que mais contribuirá para o progresso da pesquisa clínica”, avaliou a gerente médica sênior do Departamento de Pesquisa Clínica e Farmacovigilância da EMS, Joyce Silva.

A proposta de integração também agradou o coordenador da Pesquisa do Grupo Hospitalar Conceição, Dr. Sérgio Sirena. “Juntar as diversas modalidades de centros de pesquisa, a visão das indústrias que patrocinam os estudos e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), proporcionou um espaço de debate e diálogo que dificilmente encontramos.”

 

Acesse aqui as apresentações usadas no Workshop:

Sérgio Sirena – Grupo Hospitalar Conceição

Patrícia Andreotti – Anvisa

Natália Zerbinatti Salvador – Hospital Sírio Libanês

Joyce Silva – EMS

José Humberto – Hospital do Câncer de Barretos

Fernanda de Oliveira – Hospital Albert Eistein

Camila Diaz – Centro de Pesquisas Roche

Alexandre Ferreira – professor do Hospital do Câncer da Universidade Federal de Minas Gerais

 

Fonte: Rachel Mortari, ABDI. Imagem:  Getty Images.

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