Notícia
‘Pele eletrônica’ elástica pode dar aos robôs sensibilidade ao toque de nível humano
Tecnologia de pele eletrônica detecta a pressão de contato, permitindo que o robô conectado saiba quanta força usar para, por exemplo, pegar um copo ou tocar uma pessoa
Divulgação, Universidade do Texas em Austin
Fonte
Universidade do Texas em Austin
Data
quinta-feira, 6 junho 2024 16:20
Áreas
Bioeletrônica. Bioengenharia. Ciência dos Materiais. Engenharia Biomédica. Fisioterapia. Medicina. Processamento de Sinais. Robótica. Sistemas de Controle.
Uma nova ‘pele eletrônica’ elástica – a primeira do seu tipo – poderia equipar robôs e outros dispositivos com a mesma maciez e sensibilidade ao toque da pele humana, abrindo novas possibilidades para executar tarefas que exigem muita precisão e controle de força.
A nova pele eletrônica elástica (e-skin, do termo em inglês), desenvolvida por pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, resolve um grande gargalo na tecnologia emergente: a tecnologia de peles eletrônicas existente até então perde a precisão de detecção conforme o material se estica, mas esse não é o caso desta nova versão.
“Assim como a pele humana tem que se esticar e dobrar para acomodar nossos movimentos, o mesmo acontece com a pele eletrônica”, disse a Dra. Nanshu Lu, professora da Escola de Engenharia da Universidade do Texas e líder do projeto. “Não importa o quanto nossa pele eletrônica se estique, a resposta à pressão não muda, e isso é uma conquista significativa”, destacou.
Os novos resultados foram publicados na revista científica Matter.
A professora Nanshu Lu prevê a pele eletrônica elástica como um componente crítico para uma mão robótica capaz do mesmo nível de maciez e sensibilidade ao toque de uma mão humana. Isso poderia ser aplicado ao atendimento médico, onde robôs poderiam verificar o pulso de um paciente, por exemplo.
“No futuro, se tivermos mais idosos do que cuidadores disponíveis, será uma crise mundial”, disse a professora Lu. “Precisamos encontrar novas maneiras de cuidar das pessoas de forma eficiente e gentil, e os robôs são uma peça importante desse quebra-cabeça”.
Além da Medicina, robôs que cuidam de humanos podem ser implantados em desastres. Eles podem procurar pessoas feridas e presas em um terremoto ou um prédio desabado, por exemplo, e aplicar cuidados no local.
A tecnologia de pele eletrônica detecta a pressão de contato, permitindo que a máquina conectada saiba quanta força usar para, por exemplo, pegar um copo ou tocar uma pessoa. Mas, quando a pele eletrônica convencional é esticada, ela também detecta essa deformação. Essa leitura cria ruído adicional que distorce a capacidade dos sensores de sentir a pressão. Isso pode levar um robô a usar muita força para segurar algo.
A chave para essa descoberta é um sensor de pressão de resposta híbrida inovador no qual a Dra. Nanshu Lu e colaboradores têm trabalhado há anos. Enquanto as peles eletrônicas convencionais são capacitivas ou resistivas, a pele eletrônica de resposta híbrida emprega ambas as respostas à pressão. Aperfeiçoar esses sensores e combiná-los com materiais isolantes e de eletrodos elásticos permitiu essa inovação da nova e-skin.
A professora Nanshu Lu e sua equipe agora estão trabalhando nas potenciais aplicações da nova pele eletrônica elástica.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade do Texas em Austin (em inglês).
Fonte: Nat Levy, Escola de Engenharia da Universidade do Texas em Austin. Imagem: Dra. Nanshu Lu esticando a nova pele eletrônica elástica. Fonte: Divulgação, Universidade do Texas em Austin.
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