Notícia
Pacientes do Hospital de Amor de Barretos, em Campo Grande, participam de pesquisa sobre infecção por HPV
Estudo está sendo desenvolvido pelo Instituto de Biociências da UFMS em parceria com o Hospital de Amor de Barretos
Divulgação, UFMS
Fonte
UFMS | Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Data
segunda-feira, 10 junho 2019 15:00
Áreas
Saúde da Mulher. Imunologia. Diagnóstico. Oncologia. Saúde Pública.
Na última década, o aumento do percentual de mulheres infectadas por Papilomavírus Humano (HPV), em especial entre as jovens abaixo de 25 anos, e um novo momento de infecção, após os 45 anos, foi observado através de trabalhos anteriores do Grupo de Estudo em Papilomavírus humano (HPV) no Mato Grosso do Sul.
O projeto de pesquisa “Presença da infecção por Papilomavírus humano, coinfecções por outros microrganismos e o perfil de resposta imunológica em pacientes atendidas no Hospital de Amor de Barretos, unidade de Campo Grande (MS)” foi proposto, assim, para avaliar nas pacientes atendidas pelo serviço público (entre 25 e 60 anos) a condição de infecção por HPV e outros microrganismos, bem como a influência da imunidade neste processo.
Com a coordenação da professora do Instituto de Biociências (INBIO) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Dra. Inês Aparecida Tozetti, a pesquisa, financiada pelo CNPq (chamada Universal), foi desenvolvida por docentes e pós-graduandos do Grupo de Estudo, que pela primeira vez estabeleceu parceria com o Hospital de Amor de Barretos.
Durante 15 dias, foram feitas coletas de amostras cervico-vaginais e de sangue em 500 mulheres que voluntariamente procuraram o hospital para fazer o exame preventivo.
“Durante o período, além do exame preventivo oferecido pelo hospital, oferecemos a detecção do HPV a todas as pacientes atendidas; o hospital detecta este vírus apenas nas pacientes que têm indicações clínicas ou diagnóstico sugestivo inconclusivo. Também fizemos a detecção de outros microrganismos, como Chlamydia trachomatis, Gardnerella vaginalis e Trichomonas vaginalis, possivelmente envolvidos na infecção por HPV ou na progressão da infecção para alterações neoplásicas, além disso avaliamos a resposta imunológica”, explica a coordenadora.
Esse é um projeto multicêntrico, sendo uma parte realizada em Barretos, onde foram feitas as análises dos exames preventivos (citológicos) e histopatológicos das pacientes que apresentavam alguma lesão. Na UFMS no Laboratório de Imunologia, Biologia Molecular e Bioensaios (Labimunobio), foram feitas a detecção do DNA de HPV, dos DNA de outros microrganismos e a análise da resposta imunológica. O projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética da UFMS e da Fundação Pio XII de Barretos.
Resultados
Cerca de 10% das pacientes analisadas – entre 25 e 60 anos – foram positivas para DNA de HPV. Dentre as infectadas, a maioria das pacientes positivas apresentava os tipos de HPV de alto risco oncogênico. A infecção persistente por mais de 10 anos por esses tipos virais pode aumentar em até 10 vezes as chances da paciente apresentar câncer do colo de útero.
Os tipos mais encontrados foram o HPV45, que vem sendo predominante nos estudos executados pelo Grupo em Mato Grosso do Sul desde 1997, seguido do HPV16 e 18, os quais juntos são identificados em 90% dos casos de câncer do colo do útero.
Os estudos realizados pelo Grupo apontam que no estado os tipos predominantes são o HPV45, HPV59 e depois o HPV16, todos de alto risco oncogênico e os tipos HPV6 e HPV11 de baixo risco oncogênico. As variações entre a frequência dos diferentes tipos virais podem ocorrer de acordo com a região ou população estudada. Localmente, o Mato Grosso do Sul é um estado com limites fronteiriços associados à migração populacional.
Com relação aos outros microrganismos, os pesquisadores encontraram que 5% da população apresentaram DNA de Chlamydia trachomatis, bactéria transmitida sexualmente e que em gestantes pode causar aborto e até esterilidade. Menos de 1% apresentava Trichomonas vaginalis, que é um protozoário, e sobre a Gardnerella vaginalis os estudos estão sendo finalizados.
Acesse a notícia completa na página da UFMS.
Fonte: Paula Pimenta, UFMS. Imagem: Divulgação, UFMS.
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