Notícia
OMS: sedentarismo pode adoecer 500 milhões de pessoas até 2030
Documento destaca que o custo com saúde para os governos será de 27 bilhões de dólares por ano, caso políticas públicas de incentivo a atividades físicas não sejam implementadas de forma efetiva
Pixabay
Fonte
Nações Unidas Brasil
Data
segunda-feira, 24 outubro 2022 06:15
Áreas
Cardiologia. Educação Física. Medicina. Saúde Pública.
Entre 2020 e 2030, cerca de 500 milhões de pessoas devem desenvolver doenças cardíacas, obesidade, diabetes ou outras doenças não transmissíveis devido à inatividade física. A informação é de um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado no último dia 19 de outubro.
A publicação, que também explora como os governos estão implementando recomendações para aumentar a atividade física em todas as faixas etárias, destacou que, se não forem tomadas medidas públicas urgentes para incentivar a população a fazer mais exercícios, os custos chegarão a 27 bilhões de dólares por ano.
De acordo com o documento intitulado ‘Status Global sobre Atividade Física 2022’, o progresso neste âmbito tem sido lento. A partir de dados de 194 países, a análise conclui que os governos precisam acelerar o desenvolvimento e a implementação de políticas para aumentar os níveis de atividade física e, assim, prevenir doenças e reduzir a carga sobre os sistemas de saúde já sobrecarregados.
Atualmente, menos de 50% dos países têm uma política nacional de atividade física, e menos de 40% estão operacionais; enquanto apenas 30% das nações têm diretrizes nacionais de atividade física para todas as faixas etárias.
Caminhadas e ciclismo
Embora quase todos os Estados tenham relatado um sistema para monitorar a atividade física em adultos, 75% dos países fazem o mesmo em adolescentes e menos de 30% em crianças menores de cinco anos.
Nas áreas de políticas para incentivar o transporte ativo e sustentável, pouco mais de 40% das nações têm padrões de projeto de estradas que tornam a caminhada e o ciclismo mais seguros.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse esperar que os países e parceiros usem o relatório “para construir sociedades mais ativas, saudáveis e justas para todos”. Para ele, é preciso ampliar a implementação de políticas para apoiar as pessoas a serem mais ativas por meio de caminhadas, ciclismo, esportes e outras atividades físicas.
Desigualdade
Segundo dados do relatório, a implementação de medidas para proporcionar uma população mais ativa varia de acordo com as regiões e a renda per capita. Em 2021, a Europa tinha a maior porcentagem de países com promoção de atividade física. Enquanto a África ficava com a menor proporção.
Embora as políticas nacionais para combater doenças não transmissíveis e a inatividade física tenham aumentado nos últimos anos, atualmente 28% das políticas não são financiadas ou implementadas.
O relatório mostrou que pouco mais de 50% dos países realizaram uma campanha nacional de comunicação ou eventos de atividade física de participação em massa nos últimos dois anos.
COVID-19
A pandemia não apenas paralisou essas iniciativas, mas também afetou outras implementações de políticas que ampliaram as desigualdades no acesso e oportunidades de prática de exercícios para muitas comunidades.
Para ajudar os países a aumentar a atividade física, o plano de ação global da OMS sobre atividade física 2018-2030 estabelece vinte recomendações de políticas. As medidas incluem criar vias e estradas mais seguras para incentivar o transporte mais ativo, fornecer mais programas e oportunidades em ambientes como creches, escolas, cuidados primários de saúde e local de trabalho.
O relatório avaliou o progresso em relação a essas recomendações e mostrou que muito mais precisa ser feito. Uma descoberta importante é a existência de lacunas significativas nos dados globais para acompanhar o progresso em ações políticas importantes, como a criação de espaços públicos abertos e a infraestrutura para caminhadas e ciclismo, esportes e educação física em escolas.
Acesse o documento “Status Global sobre Atividade Física 2022”.
Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.
Fonte: Nações Unidas Brasil. Imagem: Pixabay.
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