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OMS publica versão final da nova Classificação Internacional de Doenças
A CID-11 fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações padronizadas em todo o mundo, contendo cerca de 17 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, sustentados por mais de 120 mil termos codificáveis
National Cancer Institute via Unsplash
A 11ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) da Organização Mundial da Saúde (OMS), que entrou em vigor neste ano, teve sua última atualização publicada no último dia 11 de fevereiro.
A CID-11 fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações padronizadas em todo o mundo. É a base para identificar tendências e estatísticas globais de saúde, contendo cerca de 17 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, sustentados por mais de 120 mil termos codificáveis. Usando combinações de códigos, mais de 1,6 milhão de situações clínicas podem agora ser codificadas.
Comparada com as versões anteriores, a CID-11 é totalmente digital, tem um novo formato e recursos multilíngues que reduzem a chance de erro. A Classificação foi compilada e atualizada com informações de mais de 90 países e envolvimento sem precedentes de prestadores de serviços de saúde, permitindo a evolução de um sistema imposto aos médicos para um banco de dados de classificação clínica e terminologia verdadeiramente capacitador, que atende a uma ampla gama de usos para registrar e relatar estatísticas na saúde.
Entre outras atualizações, a CID-11 melhora a clareza dos termos para o público em geral e facilita a codificação de detalhes importantes, como a disseminação de um câncer ou o local exato e o tipo de fratura. A nova versão também inclui recomendações de diagnóstico atualizadas para condições de saúde mental e documentação digital de certificados para COVID-19.
Essas atualizações refletem o progresso recente da medicina e os avanços na compreensão científica. Os códigos relacionados à resistência antimicrobiana, por exemplo, agora estão alinhados ao Sistema Global de Vigilância da Resistência Antimicrobiana (GLASS). A CID-11 também é mais capaz de capturar dados sobre segurança na assistência à saúde, identificando e reduzindo eventos desnecessários que podem prejudicar a saúde, como fluxos de trabalho insalubres em hospitais.
A CID é usada por seguradoras de saúde que tomam decisões de reembolso com base na codificação, por gerentes de programas nacionais de saúde, por especialistas em coleta de dados e por qualquer pessoa que acompanhe o progresso na saúde global e determine a alocação de recursos de saúde.
“Um princípio fundamental nesta revisão foi simplificar a codificação e fornecer aos usuários todas as ferramentas eletrônicas necessárias – isso permitirá que os profissionais de saúde registrem as condições de forma mais fácil e completa”, afirmou o líder de Equipe, Terminologias e Padrões de Classificações da OMS, Dr. Robert Jakob.
Além das atualizações de codificação e capacidade, a CID-11 inclui novos capítulos sobre medicina tradicional, saúde sexual e distúrbios relacionados a jogos – que agora foram adicionados à seção sobre transtornos aditivos.
A CID-11 foi adotada na Assembleia Mundial da Saúde em maio de 2019. Os Estados-membros se comprometeram a começar a usá-la para relatórios de mortalidade e morbidade em 2022. Desde 2019, os países que adotaram os primeiros passos, tradutores e grupos científicos recomendaram refinamentos adicionais para produzir a versão que é hoje está disponível.
A CID-11 está vinculada aos nomes não proprietários de produtos farmacêuticos da OMS e pode ser usada para causas de morte, atenção primária, registro de câncer, segurança do paciente, dermatologia, documentação da dor, alergologia, reembolso, documentação clínica, dicionários de dados para Diretrizes da OMS, documentação digital do status de vacinação contra a COVID-19, resultados de testes e muito mais.
Acesse a CID-11.
Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.
Fonte: Nações Unidas Brasil. Imagem: ‘National Cancer Institute’ via Unsplash.
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