Notícia

Ofurô muda rotina de bebês prematuros

Banho terapêutico é feito três vezes por semana

Matheus Oliveira, Agência Saúde

Fonte

SES-DF

Data

quinta-feira, 15 junho 2017 11:30

Áreas

Neonatologia. Terapia Ocupacional. Saúde do Recém-nascido.

Humanização, acolhimento e bem-estar. Esses três princípios caracterizam a prática da Ofuroterapia nos bebês prematuros internados nas unidades neonatais do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Trata-se de um banho terapêutico, realizado três vezes por semana, em horários distintos, onde os pequeninos recebem, pela equipe multiprofissional, cuidados especiais que incluem banho de sol, massagem corporal e estimulação tátil para promover o equilíbrio e a percepção do ambiente.

Segundo a terapeuta ocupacional do HRC Hellen Delchova, o longo período de hospitalização, que dura de dois a cinco meses, provoca muitos efeitos negativos nos bebês, como estresse, irritação, dificuldades no desenvolvimento e na hora de dormir. “O ofurô ajuda a minimizar essas consequências, pois é uma atividade que proporciona conforto e relaxamento à criança“, esclarece.

A profissional ressalta que estudos comprovam a eficácia do uso dessa terapia, de forma a trazer reais benefícios para os bebês. “O banho terapêutico estabiliza a frequência respiratória e a cardíaca, ajuda nas cólicas. Além disso, é um procedimento que o bebê não chora e, geralmente, ele entra e sai do banho dormindo.”

O trabalho é feito em todas as crianças das unidades, desde as que estão entubadas até as que já saíram da terapia intensiva, mas ainda necessitam de observação e cuidados profissionais por não estarem estáveis e precisarem ganhar peso.

Ações

A Utin e a unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (Ucin) do HRC oferecem outras atividades às mães e seus filhos internados. Todas as ações têm a participação da equipe multiprofissional composta por pediatra, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo.

Além da Ofuroterapia, a neonatologia de Ceilândia promove o contato pele a pele do bebê com a mãe o mais cedo possível após o nascimento; grupos e oficinas terapêuticas com a produção de objetos para os bebês; ações em comemoração às datas festivas; sessões de fisioterapia e fonoaudiologia; aulas de artesanato semanal com crocheteira e outros.

Após a alta hospitalar, os pacientes fazem, até os 18 meses de idade, a estimulação precoce com terapeuta ocupacional, que consiste em um programa de avaliação e intervenção no desenvolvimento neuropsicomotor. Assim, as mães são ensinadas a brincar com seus filhos em casa, como posicionar a criança, quais os tipos de brinquedo ideal para cada idade, entre outras ações.

A unidade planeja implementar ainda neste mês o uso de pequenas redes dentro das incubadoras dos bebês que apresentam muita irritação. O objetivo é estimular a flexibilidade, acalmar o recém-nascido e oferecer, também, a percepção do ambiente.

Acesse a reportagem completa na página da SES-DF.

Acesse o álbum de fotos.

Fonte: Vanessa Cezar, da Agência Saúde e SES-DF. Imagem: Matheus Oliveira, Agência Saúde.

 

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