Notícia

O que há de novo em cirurgia da coluna?

Shutterstock

Fonte

The Journal of Bone and Joint Surgery

Data

sexta-feira, 26 junho 2015 19:10

Áreas

Ortopedia. Neurocirurgia.

Na edição de 17 de junho de 2015 da revista científica The Journal of Bone and Joint Surgery (vol.97, n.12),em sua versão americana, os autores Keith H. Bridwell, do Departamento de Ortopedia da Universidade de Washington, Paul A. Anderson, da Universidade de Wisconsin, Han Jo Kim, do Hospital for Special Surgery em Nova York e colaboradores abordaram os avanços recentes na área da cirurgia de coluna.

Intervenção na coluna cervical

 A descompressão microendoscópica cervical posterior é uma cirurgia minimamente invasiva efetuada com microscópio ou câmera endoscópica, que reduz o trauma nos tecidos adjacentes à coluna cervical. A técnica requer treinamento árduo e apresenta uma curva de aprendizado longa para o cirurgião. Pode ser indicada nas hérnias de disco posteriores (discectomias) e estenoses foraminais (foraminotomias), reduzindo a morbidade do procedimento quando comparado com a técnica convencional, principalmente em relação à recuperação pós-operatória mais acelerada, menor utilização de analgésicos e diminuição do período de internação.

Avanços no campo biológico

O uso de proteína morfogenética óssea recombinante humana (rhBMP-2) de maneira infusa como forma de substituir o enxerto autólogo de crista ilíaca da própria pessoa, mostrou diminuir o risco de não consolidação óssea nas artrodeses, diminuiu o sangramento operatório e risco de reoperação. No entanto, a possibilidade de aumentar o risco de câncer permanece sem resposta.

Outros substitutos ósseos mostraram ser seguros, como a matriz de colágeno mineralizada e silicato substituído de fosfato de cálcio, e reduziram o tempo cirúrgico mostrando resultados satisfatórios quanto à consolidação óssea.

Correção de Escoliose

Na cirurgia corretiva para a escoliose congênita, a intervenção operatória precoce (média de 5,7 anos de idade) mostrou alto índice de reoperações quando comparado com as intervenções tardias (média de 13,8 anos de idade), demonstrando que a espera para a realização da cirurgia pode ser benéfica em alguns casos.

Na correção operatória da escoliose neuromuscular, a infecção permanece como a principal complicação e está diretamente relacionada com o aumento da mortalidade.

Tratamento da lesão da medula espinhal

O uso de corticóides na fase aguda da lesão medular permanece controverso, pois os efeitos colaterais relacionados a esse tipo de medicação pode ser deletério. Outros substâncias vem sendo utilizadas em ensaios clínicos em andamento como a minociclina (800mg/dia por 07 dias), o riluzol (utilizado também no tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica) e as células de Schwann humanas autólogas. Todas essas substâncias têm o intuito de minimizar as chances de ocorrência de paralisia.

Tratamento da coluna lombar

O efeito da utilização de vancomicina nas feridas das cirurgias na coluna lombar pode afetar a consolidação óssea nos casos de artrodese lombar. Doses maiores que 12g/cm² podem inibir a proliferação, migração e viabilidade celular devido a modificações na morfologia das células.

Acesse o resumo do artigo científico.

Fonte: The Journal of Bone and Joint Surgery. Tradução: Tech4Health.

Em suas publicações, o Portal Tech4Health da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal Tech4Health tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.