Notícia
Novos adesivos de ultrassom podem produzir imagens nítidas do coração, pulmões e outros órgãos internos
No futuro, os adesivos de ultrassom podem ser transformados em produtos de imagem vestíveis que os pacientes podem acessar a partir de uma consulta médica ou até mesmo comprar em uma farmácia
Reprodução, MIT
Fonte
MIT | Instituto de Tecnologia de Massachusetts
Data
terça-feira, 2 agosto 2022 06:40
Áreas
Bioeletrônica. Ciência dos Materiais. Engenharia Biomédica. Física Médica. Imagens e Diagnóstico. Inteligência Artificial. Medicina.
O ultrassom é um modo de acesso seguro e não invasivo ao funcionamento do corpo, fornecendo aos médicos imagens funcionais dos órgãos internos de um paciente. Para capturar essas imagens, técnicos treinados manipulam sondas de ultrassom para direcionar as ondas sonoras para o corpo. Essas ondas refletem de volta para produzir imagens de alta resolução do coração, pulmões e outros órgãos profundos de um paciente.
Atualmente, a ultrassonografia requer equipamentos grandes e especializados disponíveis apenas em hospitais e consultórios médicos. Mas um novo projeto de engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, pode tornar essa tecnologia mais acessível através de uma solução vestível.
Em um artigo publicado na revista Science, os engenheiros apresentam o projeto de um novo adesivo de ultrassom – um dispositivo do tamanho de um selo que adere à pele e pode fornecer imagens de ultrassom contínuas de órgãos internos por 48 horas.
Assista ao vídeo de apresentação do projeto:
Fonte: Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Os pesquisadores aplicaram os adesivos em voluntários e mostraram que os dispositivos produziam imagens ao vivo de alta resolução dos principais vasos sanguíneos e órgãos mais profundos, como coração, pulmões e estômago. Os adesivos mantiveram uma forte adesão e capturaram mudanças nos órgãos subjacentes à medida que os voluntários realizavam várias atividades, incluindo sentar, ficar em pé, correr e andar de bicicleta.
O projeto atual exige conectar os adesivos a instrumentos que traduzem as ondas sonoras refletidas em imagens. Os pesquisadores apontam que, mesmo em sua forma atual, os adesivos podem ter aplicações imediatas: por exemplo, os dispositivos podem ser aplicados a pacientes no hospital, semelhantes aos adesivos de eletrocardiograma para monitoramento cardíaco, e podem continuamente criar imagens de órgãos internos sem a necessidade de um técnico para manter uma sonda no lugar por longos períodos de tempo.
Se os dispositivos puderem operar sem fio – um objetivo no qual a equipe está trabalhando atualmente – os adesivos de ultrassom poderiam ser transformados em produtos de imagem vestíveis que os pacientes poderiam acessar a partir de uma consulta médica ou até mesmo comprar em uma farmácia.
“Nós imaginamos alguns patches aderidos a diferentes locais do corpo, e os patches se comunicariam com seu celular, onde algoritmos de Inteligência Artificial (IA) analisariam as imagens sob demanda”, disse o Dr. Xuanhe Zhao, autor sênior do estudo e professor de Engenharia Mecânica e Engenharia Civil e Ambiental do MIT. “Acreditamos que inauguramos uma nova era de imagens vestíveis: com alguns adesivos em seu corpo, você pode observar seus órgãos internos [funcionando]”, destacou o pesquisador.
O estudo também inclui os autores principais Chonghe Wang e Xiaoyu Chen, e os coautores Liu Wang, Mitsutoshi Makihata e Tao Zhao, do MIT, juntamente com Hsiao-Chuan Liu, da Clínica Mayo em Rochester, Minnesota.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (em inglês).
Fonte: MIT News Office. Imagem: Reprodução, MIT.
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