Notícia
Novo “radar” pode monitorar sinais vitais de pacientes
Em um dispositivo de tamanho próximo ao de um celular, a nova tecnologia registra taxas de respiração e batimento cardíaco
Divulgação, Universidade de Waterloo
Fonte
Universidade de Waterloo
Data
quinta-feira, 9 maio 2019 10:35
Áreas
Engenharia Biomédica. Bioeletrônica. Processamento de Sinais. Bioinformática.
Um sistema de radar desenvolvido na Universidade de Waterloo, no Canadá, pode realizar o monitoramento sem fio dos sinais vitais de pacientes, eliminando a necessidade de conectá-los a qualquer máquina.
Alojada em um dispositivo de tamanho próximo ao de um celular, a nova tecnologia registra taxas de respiração e batimento cardíaco usando ondas eletromagnéticas sensíveis que são analisadas por algoritmos sofisticados incorporados em uma unidade integrada de processamento de sinais digitais. Os pesquisadores desenvolveram o sistema para monitorar pacientes com apneia do sono, detectando movimentos sutis do tórax, em vez de conectá-los a equipamentos em laboratórios por meio de inúmeros fios.
“Desenvolvemos um processo complexo e tornamos o dispositivo completamente sem fio”, disse o Dr. George Shaker, professor de engenharia da Universidade de Waterloo. “E em vez de uma clínica, isso poderia ser feito no conforto da sua própria cama e ser executado diariamente para monitoramento contínuo.”
No estudo, a unidade de radar foi montada no teto sobre o leito de mais de 50 voluntários, enquanto dormiam normalmente em um apartamento modelo de cuidados de longo prazo. O sistema, que coleta e analisa dados de ondas de radar que são refletidas de volta para a unidade a partir dos corpos dos pacientes, alcançou resultados acima de 90%, tão precisos quanto os equipamentos convencionais com fio.
“Esta é a primeira vez que o radar tem sido usado para detectar o batimento cardíaco com este grau de precisão e em um ambiente tão descontrolado”, disse Mostafa Alizadeh, pesquisador associado que liderou o estudo. “Nossos pacientess dormiram desobstruídos, em qualquer posição, por até oito horas.”
Os pesquisadores também estão explorando o uso da tecnologia para monitorar os níveis de atividade e quedas de residentes de casas de repouso e em hospitais, para monitoramento rotineiro das taxas cardíacas e respiratórias de todos os tipos de pacientes.
Além da apnéia do sono, que envolve respiração que pode ser interrompida repetidamente, o sistema pode monitorar condições como distúrbios periódicos dos movimentos dos membros, síndrome das pernas inquietas e convulsões.
Em cooperação com os pesquisadores canadenses, participou da pesquisa o doutorando João Carlos Martins de Almeida, do Departamento de Engenharia Biomédica da Faculdade de Engenharia Elétrica e da Computação da Universidade de Campinas (Unicamp).
O trabalho foi publicado na revista científica IEEE Access.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Waterloo (em inglês).
Fonte: Universidade de Waterloo. Imagem: Divulgação, Universidade de Waterloo.
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