Notícia

Novo polo pretende aumentar cobertura de vacinas em países em desenvolvimento

Ações no Reino Unido pretendem melhorar o futuro da fabricação e distribuição de vacinas

Divulgação

Fonte

Imperial College de Londres

Data

quarta-feira, 3 janeiro 2018 09:55

Áreas

Biotecnologia. Imunologia. Vacinas. Saúde Pública.

Um novo polo de fabricação de vacinas liderado pelo Imperial College de Londres, no Reino Unido, foi oficialmente lançado, com investimentos de 10 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 45 milhões). O Centro, que envolve vários parceiros de pesquisa, será liderado pelo Prof. Dr. Robin Shattock, do Departamento de Medicina do Imperial College e envolve cientistas em vários departamentos de Engenharia Química e Ciências da Vida. Os pesquisadores do novo Centro visam melhorar a resposta a surtos virais, como os causados ​​por Zika e Ebola, distribuindo vacinas de forma rápida e econômica.

O professor Robin Shattock explicou: “Através do estabelecimento desse novo Centro de Fabricação de Vacinas, exploraremos os últimos avanços em biotecnologia para responder rapidamente aos surtos emergentes. Também ajudaremos a capacitar os países com maior risco de infecção a atender às necessidades locais de vacinas”.

Quase uma em cada cinco crianças em todo o mundo, ou 19,5 milhões de crianças, atualmente não tem acesso a vacinas básicas. Quase um terço das mortes entre crianças com menos de cinco anos poderiam ser prevenidas através do uso de vacinas.

A distribuição de vacinas nos países em desenvolvimento, particularmente nas áreas rurais, muitas vezes é difícil por causa dos custos associados à produção, transporte e armazenamento de vacinas utilizando recursos limitados.

Os cientistas dos países em desenvolvimento frequentemente não contam com infraestrutura para responder rápida e efetivamente à propagação rápida de surtos virais, como visto em casos de Zika e Ebola.

O futuro da fabricação de vacinas

A equipe do novo Centro irá se concentrar na concepção de um sistema de produção que possa fornecer rapidamente dezenas de milhares de novas doses de vacina dentro de semanas após a identificação de uma nova ameaça.

Eles também visam melhorar os processos atuais, mudando a forma como as vacinas são fabricadas, armazenadas e transportadas para que as novas doenças e as já existentes possam ser impedidas de surgir e de se espalhar.

A equipe desenvolverá vacinas de RNA sintéticas que podem ser fabricadas e implantadas rapidamente por engenharia de leveduras e bactérias para gerar vacinas baseadas em partículas de baixo custo que imitam componentes de vírus e bactérias para induzir a imunidade protetora. O objetivo também é desenvolver vacinas que possam suportar temperaturas extremas, evitando a necessidade de refrigeração na distribuição e armazenamento.

O novo Centro é financiado pelo Departamento de Saúde e pelo Conselho de Pesquisa em Engenharia e Ciências Físicas do Reino Unido (EPSRC).

O presidente-executivo do EPSRC, Dr. Philip Nelson, afirmou: “As vacinas e sua disponibilidade podem significar a diferença entre a vida e a morte para milhões de pessoas em todo o mundo. Muitas dessas mortes, sejam elas resultantes de poliomielite, difteria ou sarampo, poderiam ser prevenidas através da imunização, e a pesquisa no novo Centro buscará superar as barreiras que bloqueiam o progresso nesse campo atualmente”.

“Ao mesmo tempo, esse investimento também apoiará os pesquisadores à medida que eles se esforçam para desenvolver maneiras de responder rápida e eficientemente a ameaças como Ebola e Zika e salvar muitas vidas no futuro”, concluiu o Dr. Philip.

Fonte: Caroline Brogan, Departamento de Comunicação do Imperial College de Londres. Imagem: Divulgação.

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