Notícia
Novo método usa tomografia PET e ressonância magnética para observar a aterosclerose em animais
Visualização de vasos sanguíneos pode ajudar pesquisadores a compreender melhor ataques cardíacos e derrames, reduzindo o uso de animais de laboratório
Dra. Susanne Feil, Universidade de Tübingen
Fonte
Universidade de Tübingen
Data
terça-feira, 21 março 2023 06:40
Áreas
Bioengenharia. Biologia. Biomedicina. Bioquímica. Cardiologia. Física Médica. Imagens e Diagnóstico. Medicina Nuclear. Metabolismo. Radiologia. Ressonância Magnética. Saúde Pública. Tomografia.
Pesquisadores da Universidade de Tübingen, na Alemanha, desenvolveram um novo método para estudar a aterosclerose em camundongos. O método de imagem não invasivo ajuda a entender melhor e tratar o estreitamento dos vasos sanguíneos, uma causa frequente de ataques cardíacos e derrames. A nova abordagem também pode reduzir significativamente o número de animais usados em experimentos em comparação com os métodos usados até então. Os resultados foram publicados na revista científica Circulation Research.
A aterosclerose, também conhecida como ‘calcificação’ das artérias, pode levar a ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral e é a principal causa de morte em todo o mundo. Vários fatores, como colesterol alto, podem contribuir para o desenvolvimento de alterações patológicas nas artérias caracterizadas pelo aparecimento de placas. Essas lesões frequentemente estreitam severamente os vasos sanguíneos ou mesmo levam à formação de coágulos no sangue, de modo que o coração ou o cérebro podem ficar danificados por deficiência de oxigênio.
O novo método para estudar a aterosclerose é baseado em uma enzima ‘repórter’ artificial de tomografia por emissão de pósitrons (PET). Ela é especificamente produzida em células musculares vasculares de camundongos e causa o acúmulo de uma substância radioativa, um marcador PET, nessas células.
A substância radioativa, inofensiva para o animal, é detectada pela tomografia PET e pode ser visualizada em uma tela. Como técnica não invasiva, a imagem PET coloca menos pressão sobre o organismo do que muitos outros procedimentos.
Ao combinar a tomografia PET com a ressonância magnética (MRI), a equipe de pesquisa foi capaz de rastrear a posição e o número de células musculares vasculares no corpo. “Este método nos permite observar em animais vivos como as células marcadas estão envolvidas no desenvolvimento da aterosclerose”, explicou a Dra. Susanne Feil, primeira autora, líder do estudo e pesquisadora do Instituto Interfaculdades de Bioquímica da Universidade de Tübingen. Por exemplo, é possível ver onde as células musculares vasculares se acumulam nos vasos sanguíneos e se contribuem para o desenvolvimento de placas. Ao visualizar tal acúmulo de células, pode-se tirar conclusões sobre se as alterações são inofensivas ou podem ter efeitos fatais, por exemplo, porque podem levar a oclusões vasculares e infartos.
“Além disso, o novo método PET requer significativamente menos animais de teste em comparação com as técnicas anteriores”, disseram os pesquisadores. As células marcadas – e assim também o desenvolvimento da aterosclerose – pode ser acompanhado de forma não invasiva durante muitas semanas no mesmo animal. De acordo com os pesquisadores, tais estudos de longo prazo permitem obter significativamente mais dados por animal, que também são de melhor qualidade, pois não há variações interindividuais nos valores medidos.
“O objetivo é evitar experimentos com animais tanto quanto possível e manter o número de animais e sua linhagem em experimentos o mais baixos possível. Para analisar o comportamento celular (por exemplo, de células musculares vasculares) em camundongos, métodos envolvendo uma carga relativamente alta ou uso de um grande número de animais de teste foram
empregados no passado”, concluiu a Dra. Susanne Feil.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Tübingen (em inglês).
Fonte: Universidade de Tübingen. Imagem: PET/MRI de camundongo com aterosclerose. A imagem transversal mostra o arco aórtico como uma estrutura brilhante no centro. O amarelo brilhante representa um acúmulo de células musculares vasculares potencialmente perigosas. O desenho à esquerda ilustra a seção do plano da imagem PET/MRI. Fonte: Dra. Susanne Feil, Universidade de Tübingen.
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