Notícia

Novo método de imagem pode ajudar pacientes com câncer de mama a evitar cirurgias de maior porte

Cientistas da Universidade de Dundee descobrem nova técnica para identificar com precisão se as células do câncer de mama permanecem após a quimioterapia e podem ajudar pacientes a evitar cirurgias mais extensas

Divulgação, Universidade de Dundee

Fonte

Universidade de Dundee

Data

sexta-feira, 6 dezembro 2019 15:00

Áreas

Medicina. Oncologia. Imagens e Diagnóstico. Ultrassom. Cirurgia.

Um novo tipo de imagem ultrassonográfica para avaliar a eficácia da quimioterapia pode ajudar alguns pacientes com câncer de mama a evitar uma cirurgia mais extensa.

O estudo, liderado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Dundee, no Reino Unido, descobriu que a combinação de elastografia por ondas de cisalhamento (SWE) com ultra-som padrão mediu com precisão como os cânceres respondem à quimioterapia administrada antes da cirurgia (quimioterapia neoadjuvante) e poderia ajudar a reduzir a extensão da intervenção cirúrgica.

Também se espera que a elastografia por ondas de cisalhamento com ultra-som possa ser um método mais rápido, mais barato e mais acessível em comparação à ressonância magnética, com resultados em menos de cinco minutos.

A quimioterapia pode ser administrada antes da cirurgia para tentar encolher o tumor na mama, o que em alguns casos pode permitir que a paciente faça uma cirurgia de conservação da mama, em vez de uma mastectomia. A quimioterapia antes da cirurgia também pode ser administrada a pacientes com tumores de crescimento rápido para ajudar a retardar o crescimento. Se a quimioterapia remover todos os sinais de câncer da mama, também poderá reduzir o número de linfonodos que os pacientes precisam remover por cirurgia.

Atualmente, o ultrassom em escala de cinza ou a ressonância magnética podem ser usadas para avaliar como um tumor respondeu à quimioterapia administrada antes da cirurgia. Embora o ultrassom em escala de cinza seja rápido e barato, às vezes pode dar resultados enganosos, pois pode ser difícil distinguir o tecido cicatricial remanescente após a quimioterapia das células cancerígenas restantes. A ressonância magnética é muito mais precisa, mas é mais cara, leva mais tempo para ser executada e nem todos os centros de ondologia podem ter acesso a um equipamento de ressonância magnética.

A  SWE é uma tecnologia inovadora que os pesquisadores acreditam que poderia ser adicionada ao ultrassom padrão para melhorar os métodos de imagem do câncer de mama, pois pode medir a “rigidez” do tecido – ajudando a diferenciar o tecido cicatricial deixado após a quimioterapia do tumor residual da mama.

No estudo, 80 pacientes com câncer de mama que deveriam receber quimioterapia neoadjuvante foram submetidas a ultrassonografia padrão, ressonância magnética e SWE combinadas com exames de ultrassonografia antes e após o tratamento. A resposta à quimioterapia foi avaliada por cada um desses métodos e, em seguida, os métodos foram comparados.

Liderados pelo Dr. Andrew Evans, professor de Ciência e Tecnologia de Imagens na Universidade de Dundee, os pesquisadores testaram se as células cancerígenas da mama ainda estavam presentes na cirurgia e, se sim, se elas foram detectadas apenas pelo ultrassom, pela ressonância magnética ou pela imagem de SWE com ultrassom.

““Nosso estudo é a primeira vez que uma comparação dessa natureza é realizada e descobrimos que a elastografia por ondas de cisalhamento combinadas ao ultrassom tinha uma precisão semelhante à ressonância magnética. É rápido e reprodutível, podendo substituir a ressonância magnética no futuro, que é mais cara, demorada e não pode ser administrada a algumas mulheres”, destaca o pesquisador.

“Esta é uma descoberta importante que pode ter um impacto real no tratamento dos pacientes no futuro, e agora precisamos ver estudos mais abrangentes para verificar nossas descobertas. Com a SWE disponível em muitas máquinas novas já em uso, se confirmado ser eficaz em estudos adicionais, pode ser possível que esse método seja adotado rapidamente em muitos centros de câncer”.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Dundee (em inglês).

Fonte: Dominic Glasgow, Universidade de Dundee. Imagem: Divulgação, Universidade de Dundee.

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