Notícia

Novo material sintético poderá auxiliar na regeneração de tendões e ligamentos lesionados

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Fonte

Universidade de Sydney

Data

sábado, 18 abril 2020 17:05

Áreas

Biomateriais. Biomecânica. Engenharia Biomédica. Ortopedia.

Em todo o mundo, os custos do reparo de rupturas de tendões e ligamentos e cirurgias de revisão representam dezenas de bilhões de dólares do mercado de ortopedia clínica.

Uma equipe de pesquisadores de Engenharia Biomédica da Universidade de Sydney, na Austrália, em conjunto com colegas do Laboratório de Engenharia Regenerativa da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e do Instituto de Biotecnologia Médica da FAU Erlangen-Nurnberg, na Alemanha, espera melhorar os resultados do reparo de tendões e ligamentos desenvolvendo uma nova estrutura sintética (scaffold) para a sua regeneração.

Liderados pela chefe da Unidade de Pesquisa em Biomateriais e Engenharia de Tecidos e diretora do Centro Australiano de Pesquisa para Bioengenharia Inovadora, professora Dra. Hala Zreiqat, os pesquisadores são os primeiros a desenvolver e patentear novas estruturas de hidrogel reforçadas com fibras, uma substância sintética que tem a capacidade de imitar e substituir o tendão humano e o tecido ligamentar.

“As rupturas nos tendões e ligamentos ocorrem principalmente em acidentes e quando se pratica esportes. Em todo o mundo e particularmente na Austrália, há uma imensa necessidade clínica para o desenvolvimento de estruturas de tendões sintéticos mecanicamente fortes e prontamente disponíveis. Os métodos conservadores que usam moldes de imobilização e talas e aparelhos que restringem o movimento geralmente requerem várias semanas de reabilitação para obter uma recuperação funcional mínima, enquanto os implantes atuais apresentam risco maior de rejeição e infecção. ”, ressaltou a professora Hala Zreigat.

“Nossa tecnologia espera acelerar a restauração da função mecânica dos tendões e ligamentos e apoiar o crescimento do tecido de colágeno, sem comprometer a resposta biológica do corpo. Até agora, as estruturas sintéticas ainda possuem um risco significativo de falha do implante, além de fraca integração e abrasão do tecido biológico”, continuou a especialista.

Testada em modelos de tendão patelar em camundongos, a estrutura sintética foi desenvolvida com resistência e volume de água semelhante aos tendões e ligamentos reais, permitindo a melhoria do crescimento de tecido de colágeno.

“Os tendões e ligamentos humanos são constituídos por 70% de água – são estruturas complicadas que incluem vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos e executam a tarefa de vincular o osso ao músculo e mover o corpo. Para que as estruturas sintéticas sejam aceitas pelo organismo, sua arquitetura física e química deve se alinhar aos tendões e ligamentos humanos”, concluiu a pesquisadora.

Os pesquisadores agora esperam investigar o comportamento em longo prazo dessas estruturas em condições corporais internas e externas, bem como observar a integração tecidual e a biomecânica em modelos animais maiores.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Sydney (em inglês).

Fonte: Luisa Low, Universidade de Sydney. Imagem: Freepik.

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