Notícia
Novo material pode servir como segunda pele
Pesquisadores americanos desenvolvem metamaterial auxético sensível a variações de temperatura
Reprodução
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), coordenados pelo Dr. Skylar Tibbits, tem utilizado um novo material que expande e contrai de acordo com a variação do gradiente de temperatura, com alta sensibilidade. Essa classe de materiais, chamados de auxéticos, apresenta um comportamento interessante relacionado à característica pouco comum de possuir coeficiente de Poisson negativo, ou seja, ao contrário de outros materiais, quando tracionados expandem-se transversalmente e quando comprimidos contraem-se transversalmente
Esse elemento tem sido usado em arquitetura através de modelos computacionais. Pesquisadores do Instituto Politécnico de Milão publicaram um artigo sobre o tema no XIX Congresso da Sociedade Ibero-Americana de Gráfica Digital realizado em 2015.
Acesse o trabalho completo publicado pelos pesquisadores italianos (em inglês).
O material auxético ativo apresenta as mesmas propriedades relacionadas à expansão e contração em todas as direções quando alongado ou comprimido, não requer nenhuma ação humana para que seja ativado e responde ao estímulo térmico de forma automática. Entre as vantagens do material auxético ativo em comparação com os materiais tradicionais destaca-se a possibilidade de modificação automática em resposta a modificações da temperatura ambiente, fácil customização e maior perspectiva para novos formatos e tipos de fabricação.
O novo material pode ser empregado como uma segunda pele, permitindo uma adaptação mais justa sobre a pele quando a temperatura externa estiver mais baixa, evitando assim a perda de calor para o ambiente externo. Quando o tempo quente predominar, o material auxético irá relaxar e assim permitir a entrada de ar entre os poros para refrescar o corpo. Os pesquisadores esperam num futuro próximo ampliar o espectro de aplicação desse material para facilitar a adaptação, o ajuste e até mesmo a transformação de determinadas malhas de acordo com a ocasião. A resistência à flexão destes sistemas é cautelosamente controlada pelo uso de arranjos de enchimento variável informados por análise estrutural via computador.
Essa integração entre as áreas da arquitetura, biologia e ciência dos materiais levou o Dr. Skylar Tibbits a publicar um livro intitulado “Self-Assembly Lab:Experiments in Programming Matter” no ano de 2016.
Acesse o resumo do livro do Dr. Skylar Tibbits (em inglês).
Assista ao vídeo de apresentação do material:
Fonte: Revista Dezzen. Imagem: Reprodução.
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