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Novo estudo revela como as ondas cerebrais controlam a memória de trabalho

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Fonte

Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)

Data

segunda-feira, 29 janeiro 2018 10:50

Áreas

Medicina. Neurociência.

Neurocientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, encontraram evidências de que a capacidade do cérebro de controlar o que está pensando depende de ondas cerebrais de baixa freqüência conhecidas como ritmos beta.

Em um exercício de memória que exigia que a informação estivesse disponível na memória de trabalho por curtos períodos de tempo, a equipe do MIT descobriu que o cérebro usa ondas beta para alternar conscientemente entre diferentes partes da informação. Os resultados suportam a hipótese dos pesquisadores de que os ritmos beta atuam como um portão que determina quando as informações mantidas na memória são lidas ou apagadas para que possamos pensar em algo mais.

“O ritmo beta atua como um freio, controlando quando expressar informações mantidas na memória de trabalho e permitir que ela influencie o comportamento”, afirma o Dr. Mikael Lundqvist, um dos autores do estudo.O Prof. Dr. Earl Miller, do Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas, é o autor principal do estudo, que aparece na edição de 26 de janeiro da revista científica Nature Communications.

Trabalhando no ritmo

Existem milhões de neurônios no cérebro e cada neurônio produz seus próprios sinais elétricos. Esses sinais combinados geram oscilações conhecidas como ondas cerebrais, que variam em freqüência. Em um estudo de 2016, o Dr. Miller e o Dr. Lundqvist descobriram que os ritmos gama estão associados à codificação e recuperação de informações sensoriais.

Eles também descobriram que quando os ritmos gama aumentavam, os ritmos beta caíam e vice-versa. O trabalho anterior em seu laboratório mostrou que os ritmos beta estão associados a informações “de cima para baixo”, como qual é o objetivo atual, como alcançá-lo e quais são as regras da tarefa.

Todas essas evidências levaram-nos a teorizar que os ritmos beta atuam como um mecanismo de controle que determina quais informações podem ser lidas da memória funcional – a função cerebral que permite o controle sobre o pensamento consciente, diz o Dr. Miller.

“A memória de trabalho é o bloco de desenho da consciência, e está sob nosso controle. Escolhemos o que pensar”, diz ele. “Você escolhe quando limpar a memória de trabalho e escolhe quando esquecer as coisas. Você pode ter as coisas em mente e esperar para tomar uma decisão até ter mais informações”.

Para testar esta hipótese, os pesquisadores registraram atividade cerebral a partir do córtex pré-frontal, que é a sede da memória de trabalho, em animais treinados para realizar uma tarefa de memória de trabalho.

“A interação entre beta e gama funciona exatamente como você esperaria que um mecanismo de controle voluntário atuasse”, afirma o Dr. Miller. “O ritmo beta está agindo como um sinal que permite o acesso à memória de trabalho. Ele limpa a memória de trabalho e pode atuar como uma mudança de um pensamento ou item para outro”.

Leia a matéria completa do MIT (em inglês).

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Fonte: Anne Trafton, MIT News Office. Imagem: Divulgação.

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