Notícia
Novo dispositivo pode reduzir riscos em procedimentos de angioplastia
O dispositivo, chamado Lumi-Solve, garante que o medicamento seja direcionado para o local parcialmente obstruído na artéria e só seja ativado quando exposto à luz UV
Divulgação, Universidade Monash
Fonte
Universidade Monash
Data
sábado, 25 janeiro 2020 08:05
Áreas
Biomecânica. Cardiologia. Engenharia Biomédica.
Pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, estão desenvolvendo um novo dispositivo médico para reduzir o risco de complicações após um procedimento comum para desbloquear artérias comprometidas. O estreitamento das artérias, chamado aterosclerose, é a doença cardiovascular mais comum e afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.
Um dos tratamentos atuais, a angioplastia, envolve inflar um pequeno balão na área afetada da artéria para aumentar o fluxo sanguíneo. O revestimento do balão com um medicamento que impede a obstrução do vaso foi recentemente adicionado ao procedimento.
No entanto, estudos recentes descobriram que o medicamento usado para revestir o balão, o paclitaxel, pode causar efeitos colaterais sérios, incluindo toxicidade em torno da região, até dois anos após o procedimento, levando a agência FDA, dos EUA, a emitir uma comunicação sobre a segurança do dispositivo.
Nova tecnologia
A Escola Clínica de Saúde da Universidade Monash está desenvolvendo um tratamento alternativo que usa um medicamento ativado por luz para revestir o balão de angioplastia e reduzir o risco de toxicidade.
O professor Dr. Anthony Dear disse que o dispositivo, chamado Lumi-Solve, garante que o medicamento seja direcionado para o local parcialmente obstruído na artéria e só seja ativado quando exposto à luz UV.
“Sob o procedimento de angioplastia existente, quando você usa um balão revestido com um medicamento, ele potencialmente pode causar reações fora da área pretendida. Com nosso sistema, a droga não fica ativa até que o balão esteja aberto e toque a parede do vaso no local afetado e depois seja exposto à luz, potencialmente reduzindo a toxicidade local e sistêmica”, explicou o professor. “Dezenas de milhares de pessoas passam por uma angioplastia a cada ano, então os benefícios dessa nova técnica são potencialmente enormes.”
O professor Anthony Dear disse que o procedimento também pode ser mais seguro do que tratar artérias obstruídas com stents: “Como os stents são ‘corpos estranhos’ permanentes, eles podem causar coágulos sanguíneos, o que exige que os pacientes tomem anticoagulantes por toda a vida”.
O professor disse que a equipe trabalha no novo dispositivo há vários anos e estão envolvidos cientistas de diversos institutos, incluindo o Bio21 Institute, da Universidade de Melbourne, CSIRO e Instituto Baker.
Os pesquisadores estão trabalhando no desenvolvimento e na avaliação do dispositivo, com vistas à aplicação.
Assista ao vídeo sobre a tecnologia:
Acesse a notícia completa na página da Universidade Monash (em inglês).
Fonte: Universidade Monash. Imagem: Divulgação, Universidade Monash.
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