Notícia

Novo dispositivo de monitoramento de diabetes pode detectar níveis de glicose através da respiração

Divulgação, Universidade de Waterloo

Fonte

Universidade de Waterloo

Data

segunda-feira, 8 agosto 2022 06:05

Áreas

Bioinformática. Bioquímica. Biotecnologia. Ciência da Computação. Endocrinologia. Engenharia Biomédica. Inteligência Artificial. Metabolismo. Saúde Pública.

Um dispositivo de monitoramento de diabetes de última geração que analisa a respiração pode em breve significar que não haverá mais picadas de agulha para verificar os níveis de açúcar no sangue. O dispositivo usa sensores de gás para acessar a respiração instantaneamente e, em seguida, conecta-se via Bluetooth a um programa em um dispositivo móvel para disponibilizar a leitura.

Biomarcadores distintos na respiração exalada carregam uma assinatura sutil que o dispositivo capta antes que o aplicativo use um algoritmo de aprendizado profundo para produzir resultados individuais rápidos.

A Dra. Nathalia Moraes do Nascimento, pesquisadora de pós-doutorado na Escola de Ciência da Computação da Universidade de Waterloo, no Canadá, e uma equipe de pesquisadores e profissionais de saúde estão desenvolvendo a nova tecnologia por meio da startup OrientaMED.

“[O dispositivo] É do tamanho de um telefone celular e também tem um bocal destacável. Nós o desenvolvemos por meio de uma série de protótipos e estamos nos preparando para testes clínicos”, destacou a Dra. Nathalia Nascimento. A pesquisadora é engenheira da computação pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e tem mestrado e doutorado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio).

Os pesquisadores inicialmente investigaram o uso de sensores de gás para identificar várias doenças através da respiração antes de serem incentivados a se concentrar especificamente no diabetes, já que não há nada do tipo na área. “Existem muitos usos possíveis para a mesma tecnologia. Muitas pessoas vivem com diabetes e têm que passar por uma rotina diária desconfortável. Esperamos que nosso produto torne as coisas um pouco mais fáceis”, ressaltou a Dra. Nathalia.

A nova empresa já recebeu apoio da União Europeia, do Brasil e de empresas de tecnologia em saúde. A Dra. Nathalia Nascimento destacou que agora estão procurando formar uma parceria ao iniciar testes controlados em humanos do produto antes do lançamento ao público.

“Sabemos que levará cerca de seis meses para fazer os testes, depois outros seis meses para passar pelo processo de revisão regulatória. Nós esperamos realisticamente poder fabricar o dispositivo e começar a disponibilizá-lo no próximo ano”, disse a pesquisadora e empreendedora.

Mesmo antes de qualquer lançamento público, a nova tecnologia está criando entusiasmo. A equipe esteve envolvida em vários concursos de startups e recentemente foi a vencedora do Concept 5K Challenge, patrocinado pela Universidade de Waterloo.

Junto com a Dra. Nathalia Nascimento, a OrientaMED foi fundada pelos pesquisadores de biotecnologia Jullia Moraes Nascimento e Rheyller Vargas.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Waterloo (em inglês).

Fonte: Universidade de Waterloo. Imagem: Divulgação, Universidade de Waterloo.

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