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Novas imagens a laser podem orientar médico com precisão durante cirurgia cerebral

Getty Images

Fonte

Universidade de Waterloo

Data

terça-feira, 27 outubro 2020 16:20

Áreas

Cirurgia. Imagens Médicas. Medicina. Neurociências. Oncologia.

Pesquisadores deram um passo importante no desenvolvimento de um sistema de microscopia para orientar com precisão os médicos durante cirurgia para remover tumores cerebrais. Pela primeira vez, uma equipe liderada por engenheiros da Universidade de Waterloo, no Canadá, usou a tecnologia de imagem a laser para identificar quase que instantaneamente o tecido canceroso com precisão comparável a testes de laboratório cujos resultados demoram até duas semanas.

Isso significa que o sistema de imagem por sensoriamento remoto fotoacústico (PARS) pode informar aos médicos onde termina um tumor e onde começa o tecido saudável, para que eles saibam exatamente onde manipular.

“Os médicos precisam minimizar a quantidade de tecido que eles removem por causa do impacto no paciente. E há uma linha muito tênue [entre os tecidos]”, disse o Dr. Parsin Haji Reza, professor de Engenharia de Design de Sistemas da Universidade de Waterloo e líder do projeto.

Atualmente, os médicos dependem de tomografias computadorizadas e imagens de ressonância magnética no pré-operatório para localizar tumores cerebrais. As amostras de tecido também são examinadas durante a cirurgia, mas os testes demoram até 30 minutos cada e produzem resultados de baixa qualidade. Para determinar se eles removeram totalmente um tumor ou não, os cirurgiões ainda devem enviar amostras de tecido para o laboratório para análise pós-operatória, que pode levar duas semanas.

O sistema de microscopia desenvolvido pelos pesquisadores alcançou resultados de qualidade semelhante aos testes de laboratório “padrão ouro” quase que instantaneamente. “Isso abre um caminho extremamente promissor em direção ao nosso objetivo final – um microscópio cirúrgico sem contato que em tempo real pode guiar os médicos para uma ressecção máxima e muito segura, sem espera”, disse o Dr. Haji Reza, que também é diretor dos Laboratórios de FotoMedicina em Waterloo .

O tecido perdido durante a cirurgia cerebral está relacionado a resultados clínicos ruins e taxas de sobrevida mais baixas. A nova tecnologia funciona enviando pulsos de laser multicoloridos para o tecido, que os absorve, aquece, expande e produz ondas sonoras. Outro laser então lê as ondas para determinar se o tecido é saudável ou canceroso.

Os pesquisadores criaram uma empresa chamada illumiSonics para comercializar o sistema. Eles pretendem ter sistemas de microscopia que capturem rapidamente amostras de tecido em salas de cirurgia até o final do próximo ano. Em três a cinco anos, eles esperam ter desenvolvido um sistema cirúrgico capaz de gerar imagens do próprio cérebro durante a cirurgia, sem colher amostras de tecido.

A tecnologia PARS também foi aplicada com resultados promissores para câncer de mama, câncer gastroenterológico, câncer de pele e outros tipos de câncer.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Waterloo (em inglês).

Fonte: Universidade de Waterloo. Imagem: Getty Images.

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