Notícia
Nova tecnologia de filamentos para impressão 3D pode melhorar regeneração de tecidos humanos
Nova tecnologia tem o potencial de melhorar a eficácia e a segurança de uma variedade de dispositivos médicos
Divulgação, UFRN
Fonte
UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Data
quarta-feira, 3 abril 2024 09:40
Áreas
Bioengenharia. Bioética. Biotecnologia. Ciência dos Materiais. Engenharia Biológica. Engenharia Biomédica. Engenharia de Tecidos. Impressão 3D. Sistemas de Controle.
Um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizou, no dia primeiro de março, o depósito de pedido de patente de uma nova tecnologia que tem o potencial de melhorar significativamente a eficácia e a segurança de uma variedade de dispositivos médicos. Trata-se de um filamento termoplástico para impressão 3D, que combina características de termoexpansibilidade e biocompatibilidade, permitindo a produção de artigos biocompatíveis com porosidade controlada.
A biocompatibilidade do material, associada às propriedades obtidas após a impressão 3D, permite que seja utilizado como base para o desenvolvimento de uma grande variedade de recursos para a área biomédica, incluindo dispositivos implantáveis com função estrutural ou regenerativa e também aplicações de uso transitório, como por exemplo no tratamento de feridas.
A vasta aplicabilidade é justificada pela técnica de permitir o domínio de diversos parâmetros do material. A Dra. Caroline Dantas Vilar, uma das inventoras da tecnologia e professora do Departamento de Engenharia Biomédica da UFRN, destacou que a porosidade é um exemplo, exercendo um papel determinante na migração, adesão e nutrição celular, garantindo uma boa regeneração tecidual do corpo humano.
Dentre as indicações para os filamentos biopoliméricos está a confecção de moldes usados em engenharia de tecidos para orientar o crescimento celular, os chamados ‘scaffolds’. Eles funcionam como a matriz extracelular, em que as células vão aderir e iniciar a formação tissular, ou seja, a regeneração. As características físicas, químicas, mecânicas e morfológicas dessas estruturas determinarão as propriedades dos tecidos formados.
Na produção do filamento é adicionado um agente que impede a formação de poros durante o processo de mistura. Essa característica permite que, durante a modelagem na impressão 3D, ocorra a cinética de decomposição controlada, assegurando a porosidade adequada. Assim, podem ser desenvolvidos produtos com características únicas, como salientou Isaac de Santana Bezerra, pesquisador e doutorando no Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM) da UFRN.
O Dr. Edson Noriyuki Ito, professor do Departamento de Engenharia de Materiais da UFRN, relatou que as pesquisas tiveram início durante o mestrado de Isaac Bezerra, contando com a colaboração do doutorando Henrique Rodrigues Milfont, da professora Dra. Caroline Dantas Vilar e do professor Dr. Felipe Pedro da Costa Gomes. Após esse período de estudo, foi possível chegar a essa tecnologia depositada junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sob o título ‘Filamento biopolimérico expansível aplicado na produção de artigos porosos e seu método de produção’.
O grupo de cientistas defende que o filamento criado apresenta não somente valor científico, mas também desperta interesse comercial, haja vista sua vasta aplicação na área médica.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Fonte: Wilson Galvão, AGIR/UFRN. Imagem: doutorando Isaac Bezerra no laboratório da UFRN. Fonte: Divulgação, UFRN.
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