Notícia

Nova pesquisa investiga diferenças na doença falciforme entre os sexos

Análise aprofundada sobre por que as pessoas do sexo feminino podem ter sintomas mais leves para a doença falciforme pode melhorar a compreensão dessas diferenças para apoiar novas terapias

National Center for Advancing Translational Sciences (NCATS)/NIH

Fonte

King's College de Londres

Data

quinta-feira, 18 maio 2023 06:20

Áreas

Biologia. Biomedicina. Epidemiologia. Hematologia. Medicina. Pediatria. Saúde Pública.

Um novo estudo de pesquisadores do King’s College de Londres, no Reino Unido, em colaboração com a Universidade Muhimbili em Dar es Salaam, forneceu uma análise aprofundada sobre por que as pessoas do sexo feminino podem ter sintomas mais leves da doença falciforme, observando especificamente as diferenças na hemoglobina.

A doença falciforme refere-se a um grupo de doenças em que os glóbulos vermelhos são rígidos e de forma alterada. Isso se deve ao fato de as células terem uma versão anormal da hemoglobina – a proteína que permite que os glóbulos vermelhos transportem oxigênio. Como resultado de sua forma e rigidez, eles têm uma vida útil mais curta e são mais propensos a bloquear os vasos sanguíneos, causando danos vasculares e inflamação.

É bem conhecido que as pessoas com anemia falciforme têm sintomas mais leves quando têm mais células F – um tipo específico de glóbulo vermelho com hemoglobina fetal. Durante a fase fetal, é comum que os glóbulos vermelhos tenham essa versão da hemoglobina, mas isso é perdido na maioria das células na idade adulta. No entanto, algumas pessoas com anemia falciforme exibem níveis acima da média de células F, o que os pesquisadores acreditam ser devido à capacidade de sobreviver por mais tempo na corrente sanguínea do que as versões falciformes dos glóbulos vermelhos.

O sexo biológico feminino foi identificado como um fator que geralmente promove um maior nível de circulação de células F. No estudo, os pesquisadores do King’s College, incluindo o Dr. Stephan Menzel e a Dra. Sara El Hoss, do Red Cell Hematology Lab, procuraram comparar a produção de células F e as mudanças em sua abundância entre pacientes do sexo feminino e masculino com doença falciforme.

Os resultados, publicados na revista científica American Journal of Hematology, indicaram que havia níveis significativamente mais altos de células F em pacientes do sexo feminino. Isso criou uma porcentagem maior de hemoglobina fetal sem uma diferença significativa na quantidade total de hemoglobina na corrente sanguínea.

Outra observação interessante foi feita ao observar os F-retics – uma versão jovem dos glóbulos vermelhos (com hemoglobina fetal) que ainda não estão totalmente desenvolvidos. Os resultados mostraram uma porcentagem maior de F-retics (quando comparados aos glóbulos vermelhos maduros) no sexo feminino. Isso sugere que a razão para o nível mais alto de células F entre os sexos é dupla: maior quantidade delas são produzidas na medula óssea feminina e essas células também têm uma melhor taxa de sobrevivência circulando na corrente sanguínea.

Novas terapias potenciais para doença falciforme podem estimular o desenvolvimento de hemoglobina fetal em pacientes. Os pesquisadores esperam que entender as causas dessa diferença entre os sexos ajude no desenvolvimento dessas terapias.

Acesse a publicação científica completa (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do King’s College de Londres (em inglês).

Fonte: King’s College de Londres. Imagem: glóbulos vermelhos na doença falciforme. Fonte: National Center for Advancing Translational Sciences (NCATS)/NIH.

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