Notícia
Nível de condicionamento físico pode ser fator de risco importante para a fibrilação atrial
Cerca de 100 pacientes com fibrilação atrial foram submetidos a testes de aptidão cíclica seguidos por testes invasivos e não invasivos para avaliar sua estrutura e função cardíaca
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Fonte
Universidade de Adelaide
Data
sexta-feira, 16 agosto 2024 14:30
Áreas
Cardiologia. Comportamento. Educação Física. Epidemiologia. Estudo Clínico. Medicina. Saúde Pública.
Em um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, e da Universidade de Groningen, nos Países Baixos, cerca de 100 pacientes com fibrilação atrial foram submetidos a testes de aptidão cíclica seguidos por testes invasivos e não invasivos para avaliar sua estrutura e função cardíaca.
“Nossas descobertas sugerem que pessoas com fibrilação atrial que têm menos aptidão (cardiorrespiratória) demonstram mudanças funcionais e elétricas significativas no coração ligadas à doença”, disse o Dr. Jonathan Ariyaratnam, autor principal do estudo e pesquisador de pós-doutorado no Centro de Distúrbios do Ritmo Cardíaco da Universidade de Adelaide.
“Isso indica que a aptidão cardiorrespiratória (ACR) é outro importante fator de risco independente para o desenvolvimento e progressão da fibrilação atrial”, continuou o pesquisador.
O estudo, publicado na revista científica JACC: Clinical Electrophysiology, descobriu que os participantes com ACR reduzida apresentaram aumento da rigidez do átrio esquerdo (AE) e redução da tensão do AE, bem como velocidades de condução mais lentas quando comparados àqueles com CRF mais alto.
“Essas associações de ACR reduzida ocorrem independentemente da idade, sexo e vários outros fatores de risco de fibrilação atrial, incluindo hipertensão, diabetes e apneia obstrutiva do sono”, disse o Dr. Jonathan Ariyaratnam. “O estudo, portanto, destaca a aptidão cardiorrespiratória como um fator de risco para disfunção atrial esquerda que sustenta o desenvolvimento e a progressão da fibrilação atrial”, reforçou o especialista.
“É importante ressaltar que a aptidão cardiorrespiratória é um fator de risco modificável, o que significa que há potencial para melhorar a função atrial esquerda por meio de melhorias na aptidão cardiorrespiratória. Recomendamos aumentar gradualmente os níveis de exercícios com uma meta de atingir cerca de 210 minutos por semana de exercícios de intensidade moderada (por exemplo, caminhada rápida, ciclismo leve, tênis em duplas)”, explicou o Dr. Jonathan.
Os sintomas da fibrilação atrial podem incluir palpitações, falta de ar, tontura e dor no peito.
“O próximo estágio da pesquisa é investigar se melhorar a aptidão cardiorrespiratória por meio de intervenções de exercícios pode reduzir os sintomas no átrio esquerdo, melhorar a função mecânica atrial esquerda e reduzir a remodelação elétrica atrial esquerda, reduzindo assim o risco de desenvolver fibrilação atrial e melhorando a vida de pacientes com fibrilação atrial já diagnosticada”, concluiu o pesquisador.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Adelaide (em inglês).
Fonte: Rhiannon Koch, Universidade de Adelaide. Imagem: Freepik.
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