Notícia

Neuroestimulador sem fio pode revolucionar atendimento remoto ao paciente com distúrbios neurológicos

Nova plataforma permite que médicos tratem os pacientes remotamente

geralt via Pixabay

Fonte

Universidade de Queensland

Data

quinta-feira, 14 abril 2022 09:50

Áreas

Bioeletrônica. Ciência de Dados. Cirurgia. Computação. Engenharia Biomédica. Medicina. Neurociências. Psiquiatria. Saúde Mental. Telemedicina.

Muitos distúrbios neurológicos como a doença de Parkinson, depressão crônica e outras condições psiquiátricas podem ser gerenciados em casa, graças a um projeto colaborativo envolvendo pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália.

O Dr. Peter Silburn, professor do Queensland Brain Institute (QBI), informou que sua equipe, juntamente com a Neurosciences Queensland e a Abbott Neuromodulation, desenvolveu uma plataforma de atendimento remoto que permite que os pacientes acessem o tratamento de qualquer lugar do mundo.

“Ao criar a primeira plataforma de atendimento remoto integrada e completamente sem fio do mundo, eliminamos a necessidade de os pacientes consultarem seu médico pessoalmente para ajustar seu dispositivo”, disse o professor Silburn.

Os eletrodos são inseridos cirurgicamente no cérebro e a estimulação elétrica é fornecida por um marcapasso que altera a função cerebral – proporcionando alívio terapêutico e melhorando a qualidade de vida. Essa plataforma digital permite que os médicos monitorem os pacientes remotamente, bem como ajustem o dispositivo para tratar e aliviar os sintomas em tempo real.

“Mostramos que é possível minimizar a interrupção do estilo de vida dos pacientes e cuidadores aumentando a acessibilidade ao serviço, economizando tempo e recursos financeiros”, disse o professor Silburn. “Não há cura para muitas dessas condições que muitas vezes exigem tratamento e cuidados ao longo da vida, então para essas pessoas o dispositivo seria um divisor de águas”.

O pesquisador disse que o sistema também promoveu um tratamento cada vez mais personalizado e decisões clínicas baseadas em dados, o que poderia melhorar o atendimento ao paciente: “Durante o estudo, estabelecemos a segurança, usabilidade e eficácia da plataforma e otimizamos seus recursos usando o feedback do paciente em um processo de biodesign. Nas primeiras semanas de um lançamento limitado no mercado, realizamos 858 sessões de atendimento remoto e mantivemos uma taxa de sucesso robusta e alta.”.

Enquanto a equipe começou a trabalhar nessa solução de saúde digital antes da COVID-19, a pandemia elevou a necessidade de plataformas de atendimento remoto, principalmente para idosos e pessoas que vivem em áreas remotas com maiores dificuldades de deslocamento.

“Através da pandemia, os pacientes ficaram mais familiarizados com a telemedicina e muito mais dispostos a se adaptar a plataformas que os conectam remotamente às suas equipes de saúde”, disse o professor Silburn. Os pesquisadores estão confiantes de que a tecnologia pode ser adaptada para muitas outras condições no futuro.

“À medida que descobrimos mais sobre os biomarcadores em distúrbios relacionados ao cérebro, refinaremos os sistemas de neuromodulação para melhorar o tratamento de distúrbios neuropsiquiátricos como depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, anorexia e síndrome de Tourette, para citar apenas alguns”, concluiu o Dr.Peter Silburn.

A plataforma digital de saúde para sistemas remotos de neuromodulação tem aprovação regulatória e foi lançada na Austrália em outubro de 2021. Também foi aprovada nos Estados Unidos pela agência regulatória Food and Drug Administration (FDA) e pela Marcação Europeia CE.

Os resultados do estudo foram publicados na revista Scientific Reports.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Queensland (em inglês).

Fonte: Universidade de Queensland. Imagem: geralt via Pixabay.

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