Notícia

Nanotubos implantáveis para detecção precoce de câncer

Divulgação

Fonte

Revista Nature Biomedical Engineering

Data

sexta-feira, 7 abril 2017 18:45

Áreas

Engenharia Biomédica. Nanotecnologia. Biotecnologia. Bioeletrônica. Oncologia. Inovação Tecnológica.

A detecção precoce de câncer é um desafio para os profissionais de saúde. Exames periódicos como endoscopias, ultrassonografias, tomografias, ressonâncias magnéticas e biópsias tem sido recomendadas para determinados grupos de pessoas. No entanto, os riscos para a saúde do paciente e os custos envolvidos muitas vezes não justificam a realização desses exames, na tentativa de rastreamento precoce de um câncer.

Artigo publicado na revista científica Nature Biomedical Engineering por pesquisadores americanos do Programa de Farmacologia Molecular do Memorial Sloan Kettering Cancer Center de Nova Iorque descreve um novo nanosensor que poderá tornar acessível o monitoramento continuo e poderá possibilitar a identificação de estágios precoces de um câncer.

A tecnologia envolve a identificação de biomarcadores moleculares que enviam sinais como os microRNAs que podem ser encontrados nos líquidos corporais como o sangue e a urina. Para essa finalidade, foram desenvolvidos nanotubos de carbono que possuem sensores em miniatura com a capacidade intrínseca para captar a fluorescência de acordo com a intensidade e comprimento de onda dos tecidos analisados. Os nanotubos com sequência de oligonucleotideos específicos retiram o microRNA dos líquidos circulantes, com uma variedade de combinações moleculares consideradas alvos para o câncer. Com a hibridização do microRNA alvo, a detecção dos oligonucleotídeos é deslocada da superfície do nanotubo e substituída por moléculas de surfactante. Esse processo altera a superfície química do nanotubo, permitindo uma mudança no sinal da fluorescência, que pode ser mensurado de acordo com a quantidade de microRNA presente no nanosensor. Os pesquisadores concluíram que esta tecnologia poderá ser utilizada em amostras de sangue e urina para a detecção de biomarcadores com diferentes comprimentos de onda.

Dentre as vantagens da técnica está a segurança do paciente, que poderá evitar procedimentos invasivos como a biópsia ou submeter-se a exames com radiação ionizante. Além disso, essa plataforma abre a porta para o monitoramento continuo de biomarcadores através de técnicas de fluorescência. Outra aplicação poderá estar relacionada ao monitoramento do progresso de terapias para monitoramento do crescimento do tumor ou também em casos de recidiva após a ressecção.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Fonte: Revista Nature Biomedical Engineering. Imagem: Divulgação.

 

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