Notícia
Nanotecnologia inspirada pelo cérebro
Centro de Nano-Sistemas Inspirados no Cérebro foi inaugurado na Universidade de Twente, nos Países Baixos
Pixabay
Fonte
Universidade de Twente
Data
sábado, 6 abril 2019 10:30
Áreas
Bioeletrônica. Nanotecnologia. Neurociências. Inteligência Artificial.
A inteligência artificial está crescendo rapidamente, mas apesar de todo o poder de computação, nosso cérebro vence de forma convincente em várias tarefas. Ele reconhece e interpreta padrões complexos muito rapidamente, consumindo um mínimo de energia. O que podemos aprender com a estrutura e as funções do cérebro ao projetar computadores da próxima geração? Cientistas de uma ampla gama de disciplinas da Universidade de Twente (UT), nos Países Baixos, unem forças no novo Centro de Nano-Sistemas Inspirados no Cérebro (BRAINS, da sigla em inglês), inaugurado no último dia 27 de março. O BRAINS será responsável por uma nova especialização em computação neuromórfica.
Computadores não podem mais ser derrotados em jogos complexos de tabuleiro. Eles ficam cada vez melhores no reconhecimento de rostos e fala. Eles são tipicamente muito fortes em realizar muitas operações lógicas paralelas em altas velocidades. Nosso cérebro, por sua vez, é capaz de reconhecer e interpretar padrões em um tempo muito curto, usando uma quantidade de energia que é verdadeiramente negligenciável comparada à dos computadores. Além disso, o cérebro se desenvolve, é plástico e aprende. A inteligência artificial é frequentemente comparada à funcionalidade do cérebro, mas ela realmente fica poderosa se for realmente capaz de imitar a maneira única de trabalhar do cérebro. O novo Centro BRAINS combinará conhecimentos de nanotecnologia, materiais, sistemas de Inteligência Artificial, aprendizado profundo, design de chips e neurociências para o desenvolvimento de novos sistemas inspirados no cérebro. A pesquisa inclui as questões sociais e éticas que podem desempenhar um papel na nova tecnologia.
Um dos desenvolvimentos recentes na Universidade de Twente é o design da chamada “eletrônica evolutiva”. Um dos problemas que a eletrônica atual está enfrentando é a separação clássica entre a memória e a capacidade de processamento. Isso significa um transporte contínuo de dados para e do processador. Nosso cérebro, com seus neurônios e sinapses, opera de uma maneira diferente, na qual armazenamento, processamento e transporte de informação são integrados. Uma “sinapse artificial” que pode fazer mais ou menos o mesmo é o chamado memristor, um resistor que funciona como um elemento de memória ao mesmo tempo. Este é um dos componentes promissores de um computador inspirado no cérebro. Os pesquisadores da UT também consideram o uso de materiais com novas propriedades ou redes atômicas. Com isso, poderiam escalar até redes totalmente funcionais, e muito pode ser aprendido com a produção da geração atual de chips CMOS. A Intel, por exemplo, já introduziu um processador neuromórfico chamado Loihi.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Twente (em inglês).
Fonte: Wiebe van der Veen, Universidade de Twente. Imagem: Pixabay.
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