Notícia
Nanodispositivo permite a geração de ondas com frequência de terahertz de alta potência
Operação de alta potência em picossegundos desses dispositivos promete viabilizar técnicas avançadas de tratamento médico, como terapias contra o câncer
Divulgação, EPFL
Fonte
EPFL | Escola Politécnica Federal de Lausanne
Data
segunda-feira, 30 março 2020 14:45
Áreas
Bioeletrônica. Física Médica.
Pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, desenvolveram um nanodispositivo que opera 10 vezes mais rápido que os transistores mais rápidos disponíveis atualmente e cerca de 100 vezes mais rápido que os transistores existentes nos computadores. Este novo dispositivo permite a geração de ondas com frequência de terahertz de alta potência. Essas ondas, que são notadamente difíceis de produzir, são úteis em uma grande variedade de aplicações, desde imagens e sensores até comunicações sem fio de alta velocidade. A operação de alta potência em picossegundos desses dispositivos também promete viabilizar algumas técnicas avançadas de tratamento médico, como terapias contra o câncer. A inovação foi publicada na revista científica Nature.
As ondas [com frequência de] Terahertz (THz) se situam entre as microondas e a radiação infravermelha no espectro eletromagnético, oscilando em frequências entre 100 bilhões e 30 trilhões de ciclos por segundo. Essas ondas são valorizadas por suas propriedades distintas: podem penetrar em papel, roupas, madeira e paredes, além de detectar a poluição do ar. As fontes THz podem revolucionar os sistemas de segurança e de imagens médicas. Além disso, sua capacidade de transportar grandes quantidades de dados pode ser a chave para comunicações sem fio mais rápidas.
As ondas THz são um tipo de radiação não ionizante, o que significa que não representam risco para a saúde humana. A tecnologia já é usada em alguns aeroportos para escanear passageiros e detectar objetos e substâncias perigosas.
Apesar de serem promissoras, as ondas THz não são amplamente usadas porque são caras e difíceis de gerar. Mas a nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da EPFL pode mudar esse cenário. A equipe do Laboratório de Pesquisa em Eletrônica de Potência e Banda Larga (POWERlab), liderada pela professor Dr. Elison Matioli, construiu um nanodispositivo que pode gerar sinais de alta potência em apenas alguns picossegundos, ou um trilionésimo de segundo.
A tecnologia, que pode ser montada em um chip ou em um meio flexível, poderia um dia ser instalada em smartphones e outros dispositivos portáteis.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da EPFL (em inglês).
Fonte: Laure-Anne Pessina, EPFL. Imagem: Divulgação, EPFL.
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