Notícia
Nanobiomaterial pode acelerar processo de reparação óssea
Pesquisadores da UESPI desenvolvem estudo para melhorar reparação óssea
Divulgação, UESPI
Fonte
UESPI | Universidade Estadual do Piauí
Data
segunda-feira, 14 janeiro 2019 09:55
Áreas
Biomateriais. Ortopedia.
Doenças relacionadas à estrutura óssea tornaram-se um problema de saúde pública. Pensando nisso, o Núcleo de Pesquisa em Biotecnologia e Biodiversidade da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) desenvolveu uma pesquisa trazendo a aplicação dos biomateriais como forma de acelerar o processo de reparação óssea. A pesquisa é uma avaliação de biomateriais para utilização no reparo ósseo à base de polipirrol.
De acordo com o professor Dr. Antônio Maia, orientador da pesquisa, o estudo objetiva acelerar o processo de reparação óssea. “Teresina, sofre uma ‘epidemia’ de acidentes de trânsito, e com isso nós temos uma grande quantidade de pessoas que sofrem fraturas ósseas em decorrência desses acidentes. Nosso estudo objetiva justamente criar um substitutivo ao tecido ósseo através dos biomateriais, fortalecendo o processo de recomposição óssea”, pontua.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Teresina, cerca de 30% das internações hospitalares são de pessoas que sofreram acidentes de trânsito. Com isso, a quantidade de doenças relacionadas à estrutura óssea (doenças degenerativas, fraturas, neoplasias) tem crescido, e novas alternativas de reparo com biomateriais são viáveis para o melhor desenvolvimento da saúde pública e estudos ósseos.
A orientanda Laryssa Roque aponta que a pesquisa é uma tentativa de sanar as dificuldades que a saúde pública apresenta. “Atualmente, na área da saúde, há uma evidente necessidade de novas terapias dirigidas para propiciar a regeneração óssea, em virtude da alta incidência de fraturas ósseas e lesões teciduais devido à elevada frequência e a gravidade dos acidentes de trânsito que ocasionam efeitos negativos sobre as condições de saúde da população. A partir disso desenvolvemos esse estudo”, ressalta.
Biomaterial utilizado na avaliação
Os pesquisadores usaram os compósitos químicos Poli(butileno adipato co-tereftalato/Polipirrol/Nanohidroxiapatita(PBAT/PPy/nHAp) produzidos pelo processo de eletrofiação (técnica de produção de fibras com diâmetros em escala nanométrica) e realizaram uma avaliação in vivo dos possíveis efeitos dos genotóxicos de compósitos a base de nanofibras com nanohidroxiapatita para a utilização no reparo ósseo. Um estudo detalhado deste biomaterial já havia sido realizado por Juçara Gonçalves de Castro junto ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Biomédica da Universidade do Vale do Paraíba (UniVAP), como dissertação de mestrado.
Avaliação in vivo do procedimento
Os possíveis efeitos dos genotóxicos e sua relação com problemas ósseos foram inicialmente estudados em ratos, no intuito de assegurar sua utilização e não trazer riscos futuros. A partir dessa avaliação, foi observada uma diferença significativa entre os grupos tratados e o do controle positivo (p<0,05), enquanto não houve diferenças em relação ao controle negativo, evidenciando que o produto testado, ainda que na dosagem máxima e mesmo em exposição aguda e crônica, não apresentou efeito genotóxico nos ratos.
Etapas do estudo
Os resultados mostram que esse novo nanobiomaterial apresenta um grande potencial para a aplicação na medicina regenerativa como suporte para o crescimento do osso, e portanto sendo seguro para aplicações in vivo.
Acesse a notícia completa na página da UESPI.
Fonte: Priscila Fernandes, UESPI. Imagem: Divulgação, UESPI.
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