Notícia

Na Nova Zelândia, bioengenheiros estudam e tentam prevenir os efeitos em longo prazo de lesões cerebrais traumáticas

Pesquisadores do Instituto de Bioengenharia de Auckland receberam $ 150 mil (cerca de R$ 510 mil) do Conselho de Pesquisa em Saúde da Nova Zelândia para estudar lesões cerebrais traumáticas

Divulgação, Universidade de Auckland

Fonte

Universidade de Auckland

Data

quarta-feira, 25 maio 2022 13:40

Áreas

Bioengenharia. Biomecânica. Engenharia Biomédica. Imagens e Diagnóstico. Medicina. Modelagem Matemática. Neurociências. Reabilitação. Saúde Pública.

A Nova Zelândia tem uma das maiores taxas de lesão cerebral traumática (LCT) dos países desenvolvidos, com quase 14.000 pessoas sendo tratadas anualmente, até 90% das quais são consideradas na faixa de gravidade leve (LCT leve).

Alguns se recuperam rapidamente da LCT leve, enquanto outros sofrem efeitos em longo prazo. Os sintomas se manifestam de várias maneiras idiossincráticas, muitas vezes descritas coletivamente como ‘uma tempestade no cérebro’. Isso pode afetar a atenção e a concentração, a memória, o processamento de informações, a tomada de decisões e muito mais. Esta condição é de difícil diagnóstico e não pode ser tratada.

“Mas não sabemos por que alguns se recuperam rapidamente enquanto outros continuam sofrendo consequências em longo prazo”, disse a Dra. Vickie Shim, que lidera pesquisa sobre LCTs no Instituto de Bioengenharia de Auckland (ABI). “Um dos problemas com o diagnóstico e a pesquisa da LCT é que muitas vezes não há relação conhecida entre a localização ou extensão das lesões e os sintomas subsequentes”, continuou a pesquisadora.

Um elo perdido na compreensão da fisiopatologia da LCT leve é a falta de compreensão da natureza interconectada dos processos mecânicos, biológicos e cognitivos no cérebro, disse a Dra. Vichie Shium. A pesquisadora e sua equipe pretendem resolver isso combinando modelagem computacional e imagens de ressonância magnética, o que lhes permitirá simular interrupções no cérebro, para entender melhor a ligação entre danos estruturais e deficiências cognitivas.

A Dra. Vickie Shim medirá os impactos na cabeça de jogadores de rugby do ensino médio coletados ao longo de uma temporada e analisará as mudanças cerebrais com ressonância magnética avançada e modelos cerebrais personalizados dos jogadores. Estes serão correlacionados com medições de sintomas cognitivos para caracterizar como sua estrutura e função cerebral mudam ao longo do tempo.

Serão usadas tecnologias de imagem e modelagem de última geração, que permitirão à Dra. Vickie Shim medir mudanças sutis na estrutura e funções do cérebro, que ela e sua equipe acreditam ser essenciais para entender e predizer funções ou disfunções de longo prazo após uma LCT leve.

“Quando combinados [os recursos], teremos o potencial para transformar a pesquisa e análise de lesões cerebrais, identificando caminhos que causam deficiências cognitivas graves e os mecanismos que impulsionam essas mudanças prejudiciais”, disse a pesquisadora.

A pesquisa visa levar à criação de um dos conjuntos de dados de LCT leve mais abrangentes da Nova Zelândia. Isso apoiará a comunidade de pesquisa de LCT leve na Nova Zelândia e avançará na pesquisa de lesões cerebrais para a prevenção, gerenciamento e tratamento da LCT leve.

“Ao longo da história, grandes avanços na ciência vieram pela primeira vez em ‘observar’ estruturas ou eventos. O objetivo deste projeto é fornecer uma ferramenta de imagem computacional/experimental através da qual se possa ver pela primeira vez as mudanças na função cerebral após danos estruturais e, finalmente, evitar que as pessoas sofram com esses efeitos”, concluiu a Dra. Vickie Shim.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Auckland (em inglês).

Fonte: Margo White, Universidade de Auckland. Imagem: Dra. Vickie Shim. Fonte: Divulgação, Universidade de Auckland.

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