Notícia

Na Austrália, programa de telessaúde orienta pacientes com dor crônica

Novo programa de telessaúde mostrou o potencial da intervenção, que pode fazer a diferença e reduzir o sofrimento

stefamerpik via Freepik

Fonte

Universidade Flinders

Data

sexta-feira, 20 janeiro 2023 16:25

Áreas

Biomedicina. Dor. Enfermagem. Gestão da Saúde. Medicina. Saúde Pública. Telessaúde.

A dor crônica afeta milhões de pessoas em todo o mundo e é uma das principais causas de incapacidade e de procura por cuidados de saúde.

Um novo estudo conduzido pela Universidade Flinders, na Austrália, mostrou que o suporte profissional on-line oportuno, acessível, integrado e individualizado pode ajudar as pessoas que vivem com dor crônica a melhorar sua compreensão e o autogerenciamento da dor.

O novo programa de telessaúde desenvolvido pela Universidade Flinders e por especialistas da SA Health mostrou o potencial da intervenção – em conjunto com médicos e especialistas em saúde aliados – para ajudar aqueles que vivem com dor crônica a acessar suporte especializado que pode fazer a diferença e reduzir o sofrimento.

O programa também fornece acesso a cuidados e apoio para pessoas que vivem fora das áreas metropolitanas que, de outra forma, poderiam ter que esperar anos para consultar um especialista em dor, disse a Dra. Paula Redpath, especialista em saúde comportamental da Faculdade de Medicina e Saúde Pública da Universidade Flinders.

“O acesso a cuidados e suporte para dor crônica é difícil, demorado e caro, principalmente para pessoas que vivem em áreas rurais e remotas”, disse a Dra. Paula Redpath, líder de Disciplina de Saúde Comportamental da Universidade Flinders.

“A dor crônica é uma condição complexa que muitas vezes requer equipes multidisciplinares especializadas. Depois que uma pessoa entende maneiras úteis de controlar sua dor crônica, ela pode escolher quais estratégias deseja usar para se autogerenciar. Os ‘assessores’ orientam e auxiliam as pessoas com essas estratégias”, destacou a especialista.

O programa pode ser oferecido via telessaúde ou pessoalmente e envolve definição de metas, conceituação da dor, agendamento de atividades, psicoeducação, ritmo e estratégias cognitivas, com avaliação dos resultados do programa demonstrando melhora significativa na independência e qualidade de vida relatadas pelos pacientes.

“Os ‘assessores’ podem se tornar parte da equipe multidisciplinar e apoiar os pacientes, fornecendo-lhes informações e estratégias para controlar sua dor crônica. Isso pode aliviar a pressão sobre profissionais de saúde e médicos com treinamento superior, permitindo que eles se concentrem em cuidados mais complexos ”, disse o Dr. Peter Herriot, da Unidade de Gerenciamento de Dor da SA Health Southern Adelaide Local Health Network (SALHN) .

“Este programa baseado em evidências tem o potencial não apenas de melhorar o acesso aos cuidados para pessoas que vivem com dor crônica, mas também de ser ampliado e adotado em uma variedade de ambientes de saúde”, continuou o Dr. Peter Herriot.

O programa de autoajuda guiada (GSH), desenvolvido por especialistas da Universidade Flinders, foi ministrado por alunos de pós-graduação supervisionados do curso de Mestrado em Terapia Cognitiva Comportamental da Universidade que realizaram estágio na Unidade de Gerenciamento de Dor da SA Health no Flinders Medical Center, na Austrália.

Estima-se que 1 em cada 5 australianos com 45 anos ou mais tenha dor crônica. Os custos anuais diretos e indiretos da dor crônica são estimados em $ 139 bilhões (cerca de R$ 500 bilhões) – incluindo perda de produtividade e perda de qualidade de vida.

“A implementação mais ampla de programas como o ‘Repensando a dor’ é importante para expandir e melhorar as opções de atendimento para pessoas que vivem com dor crônica. Divulgar esse conhecimento especializado para uma força de trabalho de saúde diversificada e colegas na comunidade e por meio de serviços de atenção primária também pode reduzir a demanda por psiquiatras e psicólogos cujos serviços são limitados e de difícil acesso”, acrescentou a Dra. Redpath.

As pessoas que vivem com dor crônica também podem sofrer impactos físicos e emocionais significativos, inclusive na qualidade do sono e no bem-estar, bem como impactos no emprego.

Os resultados foram publicados na revista científica Pain and Therapy.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Flinders (em inglês).

Fonte: Universidade Flinders. Imagem: stefamerpik via Freepik.

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