Notícia
Monitoramento da saúde em tempo real: novos resultados
Dispositivo conta com nanofios de ouro extremamente finos
Divulgação, Universidade Monash
Fonte
Universidade Monash
Data
segunda-feira, 8 outubro 2018 16:25
Áreas
Bioeletrônica. Engenharia Biomédica.
Pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, estão na vanguarda de um avanço mundial em termos de “pele eletrônica”, que pode interagir com órgãos do corpo para fornecer monitoramento de saúde em tempo real. O professor Dr. Wenlong Cheng, a Dra. Yan Wang e o Dr. Shu Gong, da Faculdade de Engenharia da Universidade Monash, passaram três anos pesquisando, desenvolvendo e patenteando esse dispositivo eletrônico que pode acessar as propriedades mecânicas dos tecidos moles.
O dispositivo tem a capacidade de rastrear sinais de saúde, desde o esforço muscular e a pressão sanguínea, até os níveis de colesterol e glicose. As informações podem ser monitoradas em qualquer smartphone via Bluetooth. “Hoje em dia, o diagnóstico e tratamento da saúde estão centralizados no hospital devido à nossa dependência de ferramentas de diagnóstico caras e pesadas que estão disponíveis apenas em práticas médicas especializadas e exigem pessoal treinado para operar. Biodiagnósticos vestíveis podem superar essa limitação e avançar para melhores cuidados de saúde centrados no paciente ”, disse o professor Dr. Cheng.
Pesquisadores desenvolveram esse dispositivo parecido com a pele, colocando nanofios de ouro extremamente finos, cada um com um diâmetro igual a um milésimo de cabelo humano, em uma folha elastomérica limpa que pode ser esticada até nove vezes seu tamanho original sem rasgar. Notavelmente, os testes mostraram que a “pele vestível” ainda pode fornecer dados com precisão mesmo após 2.000 ciclos de estiramento e liberação de até 800% de deformação.
Uma série de protótipos dos sensores vestíveis já foram desenvolvidos com sucesso a partir de filmes não convencionais de nanofios de ouro. O professor Dr. Cheng disse que o dispositivo é altamente durável e portátil, o que permite que ele seja usado ou implantado em qualquer parte do corpo.
“Os vestíveis atuais são rígidos e volumosos, o que causa desconforto ao corpo humano e podem custar milhares de dólares. Se pudermos projetar materiais de diagnóstico semelhantes à pele que sejam finos, macios, portáteis e confortáveis, podemos fundamentalmente mudar a maneira como os cuidados de saúde são gerenciados”, explica o Dr. Cheng. O pesquisador diz que é fascinante conseguir formar um centro dedicado à eletrônica vestível, contribuindo para a mudança de paradigma na área de saúde, automação e inteligência artificial. O grupo de pesquisa está ansioso sobre os avanços desta “pele eletrônica vestível”, aplicando-a em casos reais em um curto prazo.
“Vamos precisar de uma equipe multidisciplinar composta por engenheiros eletricistas, cientistas de dados, clínicos, usuários finais e indústria para trabalhar juntos para transformar as invenções atuais em produtos do mundo real. As oportunidades são infinitas e nós da Universidade Monash estamos na vanguarda das inovações tecnológicas que podem ajudar milhões de pessoas a melhorar sua saúde”, conclui o Dr. Cheng.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Monash (em inglês).
Fonte: Universidade Monash. Imagem: Divulgação, Universidade Monash.
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