Notícia

Mobilidade do diafragma em pacientes com DPOC

Obstrução das vias aéreas e hiperinsuflação pulmonar foram observadas

Wikimedia Commons

Fonte

Jornal Brasileiro de Pneumologia

Data

terça-feira, 4 abril 2017 20:00

Áreas

Pneumologia. Fisioterapia. Reabilitação. Saúde Pública.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) pode ocasionar a redução da mobilidade do diafragma (MD) e gerar consequências extrapulmonares significativas e que podem resultar em inflamação sistêmica, perda da massa muscular, desnutrição, depressão e perda do condicionamento físico, reduzindo assim o estado de saúde do indivíduo. Existe relação da MD com a distância percorrida no teste da caminhada de seis minutos, com a dispneia e com a mortalidade. Além disso, a MD pode estar associada com alterações da função pulmonar.

A fisioterapeuta Flavia Roberta Rocha de Oliveira e colaboradores da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) publicaram um artigo na edição de fevereiro de 2017 do Jornal Brasileiro de Pneumologia com o objetivo de avaliar a relação da MD com a função pulmonar, dispneia e atividades físicas da vida diária (AFVD) em pacientes com DPOC, bem como comparar os valores de função pulmonar, força muscular respiratória e MD entre pacientes com DPOC e indivíduos saudáveis. Foram avaliados 25 pacientes com diagnóstico de DPOC, classificados de acordo com critérios da Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, e 25 indivíduos saudáveis. Todos os pacientes foram submetidos às seguintes avaliações: mensuração antropométrica, espirometria, força muscular respiratória, mobilidade diafragmática (por radiografia), AFVD e percepção de dispneia.

Os resultados mostraram que, no grupo DPOC, houve correlações da mobilidade do diafragma com variáveis de função pulmonar, força muscular inspiratória e percepção de dispneia. Não houve correlações da mobilidade do diafragma com força muscular expiratória e AFVD.

A obstrução ao fluxo aéreo e a hiperinsuflação pulmonar estática reduzem a capacidade do diafragma de gerar fluxo e pressão, fazendo-o funcionar de modo encurtado, além de ocasionar um aumento na carga de trabalho. Esses dois achados foram encontrados nos portadores de DPOC. No estudo foi observado que a MD possibilitou fornecer parâmetros para a função pulmonar e apesar da correlação entre AFVD e MD não ter sido significante, observa-se uma diminuição da capacidade de exercitar-se nos estágios mais avançados da DPOC.

Acesse o artigo científico completo.

Fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia. Imagem: Wikimedia Commons.

 

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