Notícia
Minipâncreas bioimpresso ajudará na luta contra o diabetes
Startup suíça criou novo sistema para imprimir tecido biológico em apenas 30 segundos, que está sendo usado no desenvolvimento de um modelo vivo de pâncreas para testar novos medicamentos
Reprodução, EPFL
Fonte
EPFL | Escola Politécnica Federal de Lausanne
Data
segunda-feira, 26 abril 2021 18:30
Áreas
Bioimpressão. Biologia. Medicina.
Primeiro, uma pequena réplica eletrônica do pâncreas humano pode ser vista na tela de um computador. Então, apenas 30 segundos depois, o tecido é impresso em uma bioimpressora, inclusive com vasos sanguíneos, a partir de uma amostra de células-tronco humanas. Esta incrível façanha é possível graças à nova tecnologia revolucionária criada no Laboratório de Dispositivos Fotônicos Aplicados (LAPD) da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, e posteriormente desenvolvida pela startup Readily3D. A tecnologia foi recentemente selecionada para uso no projeto Enlight, financiado pela Comunidade Europeia, que visa desenvolver um modelo ‘vivo’ confiável do pâncreas para testar medicamentos para diabetes.
Mais de 450 milhões de adultos em todo o mundo sofrem de diabetes, incluindo 60 milhões na Europa. Na Suíça, 4,4% da população relatou em 2017 ter sido diagnosticada com a doença. E o número de pacientes está crescendo em todo o mundo. O diabetes é a segunda causa de amputação (atrás de acidentes) e aumenta o risco de ataque cardíaco ou derrame em oito vezes e de insuficiência renal (requerendo diálise) em nove vezes. O diabetes também é a principal causa de cegueira entre os adultos. Métodos para melhorar o diagnóstico e o tratamento do diabetes podem trazer grandes benefícios à saúde pública.
Primeiro passo
A tecnologia de bioimpressão desenvolvida na EPFL usa um gel biológico contendo células-tronco de um paciente. Um laser é aplicado ao gel para solidificá-lo por meio da polimerização. A localização e a intensidade do feixe de laser podem ser controladas para solidificar apenas as áreas do gel necessárias para formar o tecido desejado. “Uma das principais vantagens do nosso método é que ele pode criar tecido em um único bloco, o que o torna particularmente útil para imprimir tecidos moles como órgãos”, disse o Dr. Paul Delrot, CTO da Readily3D.
Existem inúmeros benefícios para o tecido bioimpresso. Pode ser feito sob medida, pois é criado a partir das próprias células-tronco do paciente e elimina a necessidade de realizar testes em animais. “Além do mais, os pacientes não terão que experimentar uma variedade de medicamentos, alguns dos quais podem ter efeitos colaterais desagradáveis, antes de encontrar o [medicamento] certo para eles”, disse o Dr. Damien Loterie, CEO da Readily3D.
“Desenvolver um sistema que pode imprimir tecido 3D na escala de centímetros cúbicos e reproduzir fielmente o funcionamento de um pâncreas vivo é um grande desafio, que esperamos enfrentar com essa tecnologia”, disse o Dr. Christophe Moser, chefe do LAPD. A tecnologia deles também poderá um dia ser usada para imprimir outros tipos de tecido para desenvolver tratamentos contra o câncer, por exemplo, ou eventualmente para a produção de órgãos para transplantes.
Assista ao vídeo de apresentação do projeto (em inglês):
Acesse a notícia completa na página da EPFL (em inglês).
Fonte: Sarah Perrin, EPFL. Imagem: Reprodução, EPFL.
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