Notícia
Metade da população terá algum distúrbio de saúde mental aos 75 anos
Resultados de estudo global demonstram a alta prevalência de distúrbios de saúde mental, com 50% da população desenvolvendo pelo menos um distúrbio aos 75 anos
pressfoto via Freepik
Fonte
Universidade de Queensland Austrália
Data
sexta-feira, 4 agosto 2023 15:45
Áreas
Envelhecimento. Epidemiologia. Geriatria. Medicina. Neurociências. Políticas Públicas. Psiquiatria. Saúde Mental. Saúde Pública.
Um estudo global coliderado por pesquisadores da Universidade de Queensland Austrália e da Escola Médica da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que uma em cada duas pessoas desenvolverá um distúrbio de saúde mental durante a vida.
O Dr. John McGrath, professor do Queensland Brain Institute da Universidade de Queensland Austrália; o Dr. Ronald Kessler, professor Escola Médica de Harvard e seus colegas de 27 outros países analisaram dados de mais de 150.000 adultos em 29 países entre 2001 e 2022, obtidos da maior série já coordenada de entrevistas presenciais – uma iniciativa da Pesquisa Mundial de Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde.
O Dr. McGrath, autor principal do estudo, disse que os resultados demonstram a alta prevalência de distúrbios de saúde mental, com 50% da população desenvolvendo pelo menos um distúrbio aos 75 anos.
“Os mais comuns são transtornos de humor, como depressão ou ansiedade”, disse o professor McGrath. “Mas também descobrimos que o risco de certos transtornos mentais difere por sexo”, continuou o pesquisador
Os 3 transtornos de saúde mental mais comuns entre as mulheres são: depressão, fobia específica (uma ansiedade incapacitante que interfere na vida diária) e estresse pós-traumático. Já entre os homens, os 3 transtornos de saúde mental mais comuns são: abuso de álcool, depressão e fobia específica.
A pesquisa também descobriu que os distúrbios de saúde mental geralmente surgem pela primeira vez na infância, adolescência ou início da idade adulta. “O pico de idade do primeiro início foi aos 15 anos, com uma idade média de início de 19 para homens e 20 para mulheres. Isso reforça a necessidade de investir em neurociência básica para entender por que esses distúrbios se desenvolvem”, disse o professor John McGrath.
O professor Ronald Kessler disse que também é necessário investir em serviços de saúde mental com foco particular nos jovens: “Os serviços precisam ser capazes de detectar e tratar transtornos mentais comuns prontamente e ser otimizados para atender os pacientes nessas partes críticas de suas vidas. Ao entender a idade em que esses distúrbios geralmente surgem, podemos adaptar as intervenções de saúde pública e alocar recursos para garantir que o suporte adequado e oportuno esteja disponível para indivíduos em risco”, disse o professor Kessler.
Os pesquisadores disseram que os resultados fornecem informações valiosas sobre a frequência e o momento do início do transtorno mental com base em muitas populações diferentes.
O estudo foi publicado na revista científica The Lancet Psychiatry. A Dra. Laura Helena de Andrade, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) participou do estudo.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Queensland Austrália (em inglês).
Fonte: Universidade de Queensland Austrália. Imagem: pressfoto via Freepik.
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