Notícia

Médicos do HU/UEL fazem três cirurgias inéditas na região

Divulgação, HU-UEL

Fonte

UEL | Universidade Estadual de Londrina

Data

segunda-feira, 27 janeiro 2020 13:15

Áreas

Medicina. Cirurgia.

Referência estadual em diversas especialidades médicas, o Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU/UEL) teve recentemente destaque na realização de cirurgias inéditas para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Bomba para Infusão

A cirurgia de implante de bomba para infusão de fármacos intratecal foi realizada no dia 13 de dezembro de 2019 pelo médico Dr. Marcos Antônio Dias. O procedimento é voltado para pessoas com dor crônica intratável causada, entre outros, por espasticidade muscular severa e distonia (espasticidade congênita). A paciente foi uma mulher de 43 anos, técnica de enfermagem de Londrina.

A cirurgia é inédita para o SUS em Londrina e é feita para pacientes em que aplicação de medicamentos para dor não surte mais o efeito desejado. Uma bomba é implantada na coluna vertebral do paciente e passa a ter infusão automática de morfina, e na dose certa. “Com a cirurgia, a paciente que usava 60 mg de morfina passou a usar apenas 3mg, com o controle melhor proporcionado pelo implante da bomba”, explica o Dr. Marcos Dias.

O cirurgião ressalta que não basta ao paciente querer a cirurgia. “A autorização para a cirurgia só é dada para quem já teve exauridas todas as outras possibilidades de tratamento eficaz, e depois de cerca de quatro meses de avaliação sobre a necessidade da cirurgia”, explica o especialista.

Doença de Parkinson

A outra cirurgia foi realizada pelo Dr. Marcos Dias no dia 19 de dezembro: um procedimento para Estimulação Cerebral Profunda (ECP) em portador de Doença de Parkinson – um homem de 51 anos – também inédita para SUS de Londrina. A cirurgia consiste na implantação de um eletrodo no cérebro do paciente. O eletrodo fica conectado a uma bateria, que é implantada na região do peito, como se fosse um marcapasso cardíaco.

“Não se trata de cirurgia experimental, na rede privada já é feita desde 2002”, informou o médico, que é pioneiro na técnica em Londrina. Como na outra cirurgia inédita, a avaliação foi rigorosa e só foi autorizada após, aproximadamente, quatro meses de exames. Em 40% dos casos os pacientes não são elegíveis para a cirurgia.

Fibrilação Atrial

O cirurgião cardiovascular Dr. César Eumann Mesas foi o responsável por outra cirurgia inédita para o SUS de Londrina, no HU/UEL. A cirurgia Oclusão de Apêndice Atrial Esquerdo por Cateterismo, realizado pelo Dr. César Mesas, é a segunda no SUS do país – o outro caso aconteceu em Vitória (ES). Trata-se de uma prótese no coração para reduzir o alto risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) em paciente com fibrilação atrial, em uma mulher de 82 anos; a cirurgia foi realizada no dia 13 de dezembro de 2019.

“Alguns pacientes não podem usar anticoagulantes para tratar a fibrilação atrial, por causa de efeitos colaterais, o que representa maior risco de derrame. E a única maneira de diminuir o risco é a prótese”, explica o Dr. César Mesas. Segundo o cirurgião, a prótese oclui a estrutura e muda a forma de coágulos.

A fibrilação atrial ocorre quando as câmaras superiores do coração, ou átrios, não se contraem em ritmo síncrono, em vez disso, eles tremem ou fibrilam. Isto significa que eles batem muito rapidamente e de forma irregular. A cirurgia ainda não é incorporada ao SUS, mas já tem recomendação científica pelas sociedades brasileira e internacional.

Segundo os especialistas, os pacientes das três cirurgias já tiveram consultas de retorno e passam bem.

Acesse a notícia completa na página da UEL.

Fonte: UEL e HU-UEL. Imagem: Divulgação, HU-UEL

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