Notícia
Médico brasileiro integra projeto que usa tecnologia na prevenção de doenças no Maláui
Com a ajuda de drones, pesquisadores brasileiros puderam evitar surtos de epidemias em área devastada por ciclone
Divulgação, EBSERH
Fonte
EBSERH | Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
Data
quinta-feira, 6 junho 2019 18:10
Áreas
Medicina. Saúde Pública.
Durante 37 dias, o Dr. Evônio de Barros Campelo Júnior, médico infectologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e vinculado à Rede EBSERH, prestou seus serviços no Maláui, país do Sudeste da África, atingido pelo Ciclone Idai – que provocou destruição, inundações e afetou mais de 1,5 milhão de pessoas. Ele faz parte do projeto “Bio and Health Drones” cuja missão, além de oferecer ajuda humanitária, foi também científica, tendo como objetivos detectar doenças infecciosas e monitorar diversas áreas para prevenir novas inundações e surtos de epidemias, como cólera e malária.
Financiado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Engenharia de Software (INES), um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), o projeto contou ainda com a participação dos pesquisadores do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA) da UFPE, Dr. Jones Albuquerque e Lucas Sampaio. Já a viagem dos três foi custeada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a tecnologia utilizada no Maláui foi desenvolvida no Lika e embarcada em drones que monitoram as áreas por meio de sensores.
No país africano, a equipe visitou áreas alagadas para capturar imagens da região via satélite; realizou voos com drones e fez, ainda, desenhos de estratégias no controle e detecção digital de epidemias (monitoramento da qualidade da água) na região, envolvendo principalmente cólera, sarampo e malária. Os profissionais também prestaram assistência à população local com testes rápidos para diagnóstico e tratamento para essas doenças. “Usamos tecnologias inovadoras em drones para realizar o mapeamento das áreas atingidas e foram elaborados algoritmos de predição e prevenção de doenças infecciosas”, explicou o Dr. Evônio.
“Tudo deu certo nessa missão, ainda que ela tenha acontecido de forma inesperada até para os próprios pesquisadores em virtude da situação de emergência no Maláui. Enviamos o ofício para a sede da EBSERH solicitando a liberação temporária do Dr. Evônio no dia 04 de abril, por volta das 14 horas e, nesse mesmo dia, por volta das 17 horas, já havíamos recebido o retorno, informando que ele estava liberado e que, no dia seguinte, a decisão seria publicada no Diário Oficial. Na sexta-feira, a liberação estava publicada e ele embarcou ainda pela manhã. Sem essa sensibilidade, agilidade e presteza da alta gestão da EBSERH, poderia haver algum prejuízo à missão”, elogia o superintendente do HC-UFPE, Dr. Frederico Jorge Ribeiro.
Quando a equipe foi chamada ao Maláui, algumas pesquisas sobre as especificidades do país já haviam sido feitas. Devido ao fato de a região, por exemplo, não possuir quase nenhuma infraestrutura de internet e de recursos, os pesquisadores constataram que era necessário desenvolver uma tecnologia que não precisasse da internet do local, então, surgiu a possibilidade do uso de satélites.
A partir desse momento, o grupo estudou artigos científicos da Nasa sobre análises de água (potável ou imprópria) por satélite e desenvolveram essa tecnologia. “Nos baseamos na teoria contida nos artigos científicos da Nasa como modelo para criarmos a nossa tecnologia e aplicá-la na prática, dentro da realidade do Maláui”, afirma o pesquisador e professor do Departamento de Estatística e Informática da UFRPE, Dr. Jones Albuquerque.
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Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da Rede EBSERH, com informações do HC-UFPE. Imagem: Divulgação, EBSERH.
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